A intensificação das tempestades é atribuída às mudanças climáticas globais / Freepik
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Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que São Paulo e Rio de Janeiro enfrentarão um aumento de 20% a 30% na ocorrência de tempestades severas nos próximos dez anos.
As projeções, baseadas em modelos matemáticos com dados recentes, indicam um cenário preocupante para as duas maiores metrópoles brasileiras.
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A intensificação das tempestades é atribuída às mudanças climáticas globais e à intensidade do fenômeno El Niño, que provoca o superaquecimento das águas do Pacífico.
Com isso, há um agravamento nas condições meteorológicas, aumentando a frequência e a severidade dos eventos.
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A alta incidência de raios na capital paulista em janeiro é um dos primeiros sinais do agravamento previsto.
Atualmente, o Brasil registra cerca de 5 mil tempestades severas por ano, representando apenas 1% dos eventos meteorológicos no país, mas causando grandes danos, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas.
Os eventos classificados como tempestades severas apresentam duas características principais:
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Embora a Amazônia seja a região com maior incidência de descargas elétricas, São Paulo e Rio de Janeiro estão na lista de áreas com alta vulnerabilidade devido à densidade populacional e à infraestrutura urbana.
Uma das maiores preocupações dos pesquisadores é o aumento do risco de mortes.
Raios, embora menos impactantes em cidades com muitos para-raios, continuam sendo uma ameaça significativa.
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Nos últimos dez anos, Manaus e São Paulo registraram o maior número de óbitos por raios, com 30 mortes em cada cidade. O Rio de Janeiro teve 10 vítimas no mesmo período.
Mesmo considerando a margem de erro dos modelos matemáticos, Osmar Pinto Jr., coordenador da pesquisa do Inpe, alerta que o aumento das tempestades severas é uma realidade inevitável.
A projeção para a próxima década ressalta a necessidade de estratégias preventivas e adaptações urbanas para minimizar os impactos desses eventos climáticos extremos.
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