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Tempero muito usado no Brasil desponta como peça-chave tratamento para Alzheimer; entenda

A mesma erva que dá sabor ao frango assado pode ter um papel importante na saúde do cérebro

Isabella Fernandes

Publicado em 16/06/2025 às 13:40

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Pesquisas recentes mostram que o alecrim pode ir muito além de dar aroma e sabor à comida. / Freepik

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Pesquisas recentes mostram que o alecrim pode ir muito além de dar aroma e sabor à comida. Cientistas descobriram que essa erva também pode ajudar na luta contra a doença de Alzheimer. Aprenda como plantar alecrim de forma que cresça sempre fresco.

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Em fevereiro, pesquisadores do Instituto Scripps de Pesquisa, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo sobre um novo composto chamado diAcCA. Ele foi desenvolvido como um remédio em forma de comprimido que, no futuro, pode ajudar no tratamento do Alzheimer.

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Segundo os cientistas, o diAcCA vem de um antioxidante natural chamado ácido carnósico (CA), que é encontrado no alecrim e na sálvia. Esse ácido já é conhecido por reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, dois fatores que estão ligados ao avanço do Alzheimer.

Nova fórmula leva o composto até o cérebro

Os autores do estudo explicaram que o ácido carnósico ativa enzimas do "sistema de defesa natural" do corpo. No entanto, em sua forma pura, ele é instável e não serve como medicamento. Foi aí que os cientistas criaram o diAcCA, uma versão estável que, ao ser ingerida, se transforma em ácido carnósico no intestino e entra na corrente sanguínea.

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O estudo, publicado na revista científica Antioxidants, mostrou que, em testes com camundongos, o diAcCA conseguiu levar o ácido carnósico até o cérebro, melhorando a memória e a comunicação entre os neurônios. Também foi observada uma grande redução na inflamação do cérebro.

“O diAcCA combate a inflamação e o estresse oxidativo, o que aumentou o número de conexões entre os neurônios,” explicou o Dr. Stuart Lipton, principal autor do estudo e professor no Instituto Scripps. “Além disso, conseguimos reduzir proteínas defeituosas como a tau fosforilada e a beta-amiloide, que são associadas ao Alzheimer e servem como sinais da doença.”

Tratamento pode ser mais seguro e usado em outras doenças

Um ponto muito positivo do diAcCA é que ele só é ativado em áreas do cérebro que estão com inflamação, o que ajuda a reduzir os efeitos colaterais.

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“Fizemos vários testes de memória e todos mostraram melhora com o uso do remédio,” disse Lipton. “E o mais impressionante: ele não apenas desacelerou a piora da memória, como também fez com que voltasse quase ao normal.”

Outra boa notícia é que o ácido carnósico já é considerado seguro pelo FDA (agência dos EUA que regula medicamentos e alimentos). Isso pode facilitar os testes em humanos, já que o ingrediente não precisa de uma nova aprovação.

Lipton acredita que o diAcCA pode funcionar junto com outros tratamentos já existentes para o Alzheimer, ajudando a melhorar os resultados e a reduzir os efeitos colaterais. Ele também quer estudar o uso desse composto em outras doenças inflamatórias, como diabetes tipo 2, problemas no coração e Parkinson.

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