Diário Mais
Em reportagem, a revista People ressalta que a pesquisa representa um novo estágio na análise científica da água consumida
Aproximadamente um quarto do conteúdo da garrafa tem microplásticos / Freepik
Continua depois da publicidade
Nanoplásticos na água engarrafada só começaram a aparecer em grande escala quando pesquisadores adotaram ferramentas capazes de enxergar partículas extremamente pequenas.
A mudança de método revelou um cenário mais detalhado do que aquele mostrado por estudos anteriores.
Continua depois da publicidade
Em reportagem, explicou que os dados vêm de um estudo publicado em periódico ligado à National Academy of Sciences, ressaltando que a pesquisa representa um novo estágio na análise científica da água consumida diariamente. Saiba mais na galeria abaixo:
Durante muitos anos, os métodos tradicionais de análise eram capazes de detectar apenas partículas maiores, como os microplásticos. Tudo o que estivesse abaixo desse limite simplesmente não entrava nas medições.
Continua depois da publicidade
Isso criou uma falsa impressão de que a presença de plástico na água era menor do que realmente é. Com novas tecnologias, os cientistas passaram a enxergar uma camada invisível que sempre esteve ali, mas fora do alcance técnico.
Veja também: Caranguejos do litoral de SP têm até 1.200% mais microplástico que o manguezal.
A microscopia a laser utilizada no estudo permitiu identificar partículas em escala nanométrica com maior precisão. Esse tipo de análise consegue diferenciar materiais e tamanhos com um nível de detalhe inédito.
Continua depois da publicidade
Os pesquisadores explicam que o aumento nos números não significa deterioração recente da água engarrafada. O que mudou foi a capacidade científica de observar e medir algo que antes escapava completamente das análises.
Veja também: Unesp: até 90% do camarão pescado no litoral de SP está contaminado com microplástico.
Segundo o estudo, os nanoplásticos podem ser liberados em diferentes etapas, como durante o envase, o transporte e o armazenamento da água. O contato constante com superfícies plásticas é um fator central nesse processo.
Continua depois da publicidade
Não se trata de um problema pontual ou restrito a uma fase específica. A presença dessas partículas parece resultar de um conjunto de fatores ao longo de toda a cadeia produtiva.
Os autores deixam claro que o estudo não estabelece riscos comprovados à saúde humana. Ele se limita à identificação e quantificação das partículas.
Como destacou a People, os dados devem ser vistos como ponto de partida para novas pesquisas, e não como base para conclusões definitivas ou alarmistas.
Continua depois da publicidade