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Tecnologia revela 'camada invisível' preocupante em águas engarrafadas

Em reportagem, a revista People ressalta que a pesquisa representa um novo estágio na análise científica da água consumida

Agência Diário

Publicado em 17/12/2025 às 16:11

Atualizado em 17/12/2025 às 16:11

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Aproximadamente um quarto do conteúdo da garrafa tem microplásticos / Freepik

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Nanoplásticos na água engarrafada só começaram a aparecer em grande escala quando pesquisadores adotaram ferramentas capazes de enxergar partículas extremamente pequenas.

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A mudança de método revelou um cenário mais detalhado do que aquele mostrado por estudos anteriores.

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Em reportagem, explicou que os dados vêm de um estudo publicado em periódico ligado à National Academy of Sciences, ressaltando que a pesquisa representa um novo estágio na análise científica da água consumida diariamente. Saiba mais na galeria abaixo:

Por que só agora? A descoberta de nanoplásticos na água engarrafada em larga escala só foi possível graças à adoção de tecnologias de ponta. Ferramentas capazes de enxergar partículas nanométricas revelaram um cenário muito mais detalhado do que estudos anteriores conseguiam mostrar / Pixabay
Por que só agora? A descoberta de nanoplásticos na água engarrafada em larga escala só foi possível graças à adoção de tecnologias de ponta. Ferramentas capazes de enxergar partículas nanométricas revelaram um cenário muito mais detalhado do que estudos anteriores conseguiam mostrar / Pixabay
Durante décadas, os métodos tradicionais de análise detectavam apenas microplásticos. Partículas menores simplesmente não entravam nas medições, criando uma falsa percepção de pureza. A tecnologia atual quebrou essa barreira, revelando uma "camada invisível" que sempre esteve presente / Pixabay
Durante décadas, os métodos tradicionais de análise detectavam apenas microplásticos. Partículas menores simplesmente não entravam nas medições, criando uma falsa percepção de pureza. A tecnologia atual quebrou essa barreira, revelando uma "camada invisível" que sempre esteve presente / Pixabay
O grande diferencial do estudo publicado na National Academy of Sciences foi o uso da microscopia a laser. Essa técnica permite identificar e diferenciar materiais com um nível de detalhe inédito, transformando a forma como cientistas analisam a água consumida diariamente pela população / Pixabay
O grande diferencial do estudo publicado na National Academy of Sciences foi o uso da microscopia a laser. Essa técnica permite identificar e diferenciar materiais com um nível de detalhe inédito, transformando a forma como cientistas analisam a água consumida diariamente pela população / Pixabay
Como essas partículas surgem? Segundo os pesquisadores, os nanoplásticos podem ser liberados durante as etapas de envase, transporte e armazenamento. O contato prolongado da água com superfícies plásticas ao longo de toda a cadeia produtiva é o fator determinante nesse processo / Pixabay
Como essas partículas surgem? Segundo os pesquisadores, os nanoplásticos podem ser liberados durante as etapas de envase, transporte e armazenamento. O contato prolongado da água com superfícies plásticas ao longo de toda a cadeia produtiva é o fator determinante nesse processo / Pixabay
É importante destacar: o aumento dos números não significa que a qualidade da água piorou recentemente. O que mudou foi a nossa capacidade científica de observação. O plástico que antes escapava das lentes agora pode ser quantificado com precisão pelos especialistas / Pixabay
É importante destacar: o aumento dos números não significa que a qualidade da água piorou recentemente. O que mudou foi a nossa capacidade científica de observação. O plástico que antes escapava das lentes agora pode ser quantificado com precisão pelos especialistas / Pixabay
Sem alarmismo: os dados atuais servem para quantificar a presença de partículas e funcionam como um ponto de partida para futuras investigações. Até o momento, a ciência não estabeleceu riscos comprovados à saúde humana, focando agora na análise do impacto a longo prazo / Pixabay
Sem alarmismo: os dados atuais servem para quantificar a presença de partículas e funcionam como um ponto de partida para futuras investigações. Até o momento, a ciência não estabeleceu riscos comprovados à saúde humana, focando agora na análise do impacto a longo prazo / Pixabay

Por que esses fragmentos não apareciam antes

Durante muitos anos, os métodos tradicionais de análise eram capazes de detectar apenas partículas maiores, como os microplásticos. Tudo o que estivesse abaixo desse limite simplesmente não entrava nas medições.

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Isso criou uma falsa impressão de que a presença de plástico na água era menor do que realmente é. Com novas tecnologias, os cientistas passaram a enxergar uma camada invisível que sempre esteve ali, mas fora do alcance técnico.

Veja também: Caranguejos do litoral de SP têm até 1.200% mais microplástico que o manguezal.

O que mudou com a nova tecnologia

A microscopia a laser utilizada no estudo permitiu identificar partículas em escala nanométrica com maior precisão. Esse tipo de análise consegue diferenciar materiais e tamanhos com um nível de detalhe inédito.

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Os pesquisadores explicam que o aumento nos números não significa deterioração recente da água engarrafada. O que mudou foi a capacidade científica de observar e medir algo que antes escapava completamente das análises.

Veja também: Unesp: até 90% do camarão pescado no litoral de SP está contaminado com microplástico.

Como o plástico chega até a água

Segundo o estudo, os nanoplásticos podem ser liberados em diferentes etapas, como durante o envase, o transporte e o armazenamento da água. O contato constante com superfícies plásticas é um fator central nesse processo.

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Não se trata de um problema pontual ou restrito a uma fase específica. A presença dessas partículas parece resultar de um conjunto de fatores ao longo de toda a cadeia produtiva.

Como interpretar esses dados

Os autores deixam claro que o estudo não estabelece riscos comprovados à saúde humana. Ele se limita à identificação e quantificação das partículas.

Como destacou a People, os dados devem ser vistos como ponto de partida para novas pesquisas, e não como base para conclusões definitivas ou alarmistas.

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