Caminhoneiros brasileiros vivem rotina de pressão, estresse, solidão e depressão, diz estudo / Arquivo/Agência Brasil
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A vida nas estradas brasileiras tem cobrado um alto preço da saúde mental dos caminhoneiros. Uma pesquisa divulgada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) mostra que 43,7% dos motoristas enfrentam jornadas sem limite definido e mais da metade recebe por comissão, o que aumenta a pressão por cumprir prazos apertados e amplia a insegurança financeira.
A Agência Brasil destacou que muitos desses profissionais passam entre nove e dezesseis horas diárias ao volante, e quase um quarto chega a ultrapassar treze horas de trabalho.
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O resultado desse esforço prolongado é o aumento de casos de ansiedade, depressão e estresse. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a solidão nas estradas, somada à falta de apoio psicológico e de convívio familiar, agrava os sintomas.
Em alguns casos, a sobrecarga leva motoristas a recorrerem a estimulantes conhecidos como “rebites”, que ajudam a permanecer acordado, mas oferecem riscos sérios para a saúde física e mental.
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Para o MPT, a realidade dos caminhoneiros evidencia a urgência de políticas públicas que ofereçam melhores condições de trabalho e atenção à saúde mental da categoria. O órgão defende maior fiscalização das jornadas, ações de prevenção contra o uso de substâncias e programas de acolhimento.
Segundo a Agência Brasil, a categoria ainda é pouco assistida, apesar de ser essencial para a logística do país.
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