Alguns nomes populares no Brasil tem origem estrangeira / Reprodução/Freepik
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O Brasil é um país com uma vasta diversidade cultural, o que influencia diretamente nas tendências de nomes presentes nas certidões de nascimento.
Alguns nomes possuem significados afetivos ou históricos e representam muito além de simples modificações linguísticas.
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Nomes como Emerson, Edson e até Santos são sobrenomes que se tornaram prenomes com o tempo e as mudanças culturais.
Alguns nomes brasileiros com a terminação “son” são, na verdade, sobrenomes de origem inglesa que se popularizaram em nosso país, como Nelson, Anderson, entre outros.
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Confira o nome que sumiu dos registros há 70 anos e niguém mais usa. Saiba mais.
Essas mudanças ocorrem por conta da influência da cultura estrangeira no Brasil, por meio da internet, dos esportes, dos filmes, dos desenhos de televisão e da mídia como um todo — resultado do impacto da globalização.
A escolha de nomes para as futuras gerações tem relação com as tendências atuais, como celebridades, atletas e artistas. Algumas crianças já estão registradas como “Neymar” nos cartórios, assim como aconteceu com “Ronaldo” há alguns anos.
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Sobrenomes com origem religiosa também vêm sendo cada vez mais adotados como nomes próprios, como Santos, Nascimento e Jesus.
Essas mudanças são comuns em algumas famílias mais devotas à religião. Os nomes clássicos também continuam fortes, como Gabriel, Pedro, Matheus, entre outros.
Os nomes são símbolos de tradição para muitas pessoas, passados de geração em geração, e reforçam os laços com a ancestralidade.
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Trocar de sobrenome pode parecer apenas um detalhe burocrático, mas, no Brasil, muitas dessas mudanças carregam histórias de afirmação, ruptura ou recomeço. Ao longo do tempo, pessoas modificaram seus sobrenomes não só por conveniência, mas como uma maneira de construir uma nova identidade ou se alinhar a valores culturais e afetivos mais profundos.
Há casos emblemáticos em que nomes foram escolhidos para marcar uma conexão com determinada região, comunidade ou história pessoal. Adotar um sobrenome como “Canguçu”, por exemplo, pode ser uma forma de homenagear origens, resgatar raízes ou reafirmar uma identidade marginalizada. Esses gestos mostram que os nomes não são apenas herdados: eles também podem ser escolhidos, reconstruídos e ressignificados.
Ao fazer essa escolha, o indivíduo transforma um elemento burocrático em símbolo de pertencimento, fortalecendo a ligação entre sua trajetória pessoal e a cultura à qual se sente conectado.
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No Brasil, os nomes contam mais do que histórias familiares — eles revelam dinâmicas sociais profundas e vestígios de processos históricos complexos.
Após a abolição da escravidão, por exemplo, muitos libertos passaram a usar os sobrenomes de antigos senhores.
Esse gesto, inicialmente marcado pela imposição, acabou se transformando com o tempo em um símbolo de resistência, memória e reconstrução identitária.
Outros movimentos sociais e culturais também deixaram suas marcas na maneira como nomeamos. Sobrenomes estrangeiros passaram a ser usados como nomes próprios — especialmente aqueles de origem inglesa, como Anderson ou Emerson — em resposta à influência crescente da cultura internacional, do esporte, da mídia e das figuras públicas admiradas.
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Ao mesmo tempo, nomes com forte carga religiosa ou regional ganharam espaço como forma de expressar fé, pertencimento comunitário ou respeito à ancestralidade. A escolha de um nome, portanto, nunca é neutra: ela carrega desejos, histórias e vínculos. É através dos nomes que muitas pessoas reafirmam suas raízes, se conectam com o passado e projetam um futuro.
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