A boa notícia é que, embora seja uma doença crônica e pouco conhecida do público geral, a medicina tem evoluído nas formas de tratar e controlar o quadro, especialmente em crianças. / Freepik
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Com a recente revelação de que a filha do cantor Junior Lima e da designer Monica Benini foi diagnosticada com síndrome nefrótica, muitas pessoas passaram a se perguntar o que exatamente é essa condição e, principalmente, se tem cura.
A boa notícia é que, embora seja uma doença crônica e pouco conhecida do público geral, a medicina tem evoluído nas formas de tratar e controlar o quadro, especialmente em crianças.
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A síndrome nefrótica é uma condição que afeta o funcionamento dos rins, fazendo com que o corpo perca grandes quantidades de proteína pela urina.
Síndrome nefrótica: conheça a condição que afeta a Lara, filha de Junior
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Essa perda provoca um desequilíbrio que leva à retenção de líquidos, inchaço (edema), níveis altos de colesterol e aumento do risco de infecções.
Ela pode atingir pessoas de todas as idades, porém é mais comum em crianças entre 2 e 6 anos. Embora não seja contagiosa, é uma condição crônica que exige acompanhamento médico constante.
A síndrome nefrótica não tem cura definitiva, mas tem tratamento, e em muitos casos, principalmente nas crianças, pode entrar em remissão, ou seja, os sintomas desaparecem por longos períodos ou permanentemente. É possível que algumas crianças tenham apenas uma ou poucas crises ao longo da vida.
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Por isso, o foco da medicina hoje está em controlar a doença, prevenir recaídas e preservar a função renal a longo prazo.
O tratamento varia conforme a causa e o tipo da síndrome, mas geralmente inclui:
São os medicamentos mais usados, principalmente em crianças. Cerca de 80% dos pacientes pediátricos respondem bem ao tratamento com corticoide, entrando em remissão após semanas de uso.
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Para os casos que não respondem ao corticoide (síndrome nefrótica resistente) ou que têm muitas recaídas, o médico pode indicar imunossupressores, como ciclofosfamida, ciclosporina ou tacrolimo. Esses medicamentos ajudam a reduzir a atividade do sistema imune, que pode estar atacando os rins.
Usados para controlar o inchaço e regular a pressão arterial, além de reduzir o acúmulo de líquidos no corpo.
É recomendada a redução de sal, além de ajustes na ingestão de proteínas e líquidos, dependendo do quadro. Em alguns casos, o acompanhamento com nutricionista é essencial.
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Nos últimos anos, a medicina vem avançando tanto na identificação precoce de casos graves quanto no desenvolvimento de medicamentos com menos efeitos colaterais. Os imunossupressores mais modernos são mais eficazes e seguros para o uso a longo prazo.
Além disso, há estudos promissores com biológicos, medicamentos que agem diretamente em células do sistema imune, especialmente em casos de síndrome nefrótica resistente ao tratamento tradicional.
O prognóstico da síndrome nefrótica depende da resposta ao tratamento inicial. Crianças que respondem bem aos corticoides tendem a ter um bom controle da doença ao longo da vida.
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Já os casos resistentes exigem monitoramento constante, mas com os tratamentos atuais, é possível evitar complicações mais sérias, como insuficiência renal.
O acompanhamento com um nefrologista pediátrico é indispensável. O tratamento é individualizado e pode se estender por meses ou anos, com ajustes ao longo do tempo. Exames regulares de urina, sangue e função renal fazem parte do acompanhamento.