Sinal captado de planeta fora do sistema solar aumenta esperança de vida extraterrestre

Astrônomos captaram um sinal de rádio estável vindo de um planeta distante, acendendo uma nova luz na busca por vida fora da Terra. O sinal sugere que o planeta pode ter um campo magnético — um componente essencial para a manutenção de condições habitáveis.

A descoberta reforça a importância de encontrar planetas com essa característica, já que o campo magnético atua como uma espécie de escudo contra radiações e partículas prejudiciais vindas do espaço, protegendo a superfície e sua possível atmosfera.

Campo magnético: essencial para preservar a vida

Na Terra, o campo magnético é responsável por blindar o planeta contra o bombardeio constante de partículas solares e cósmicas. Ele impede que esses elementos danifiquem a atmosfera ou afetem a estabilidade climática — fatores determinantes para a sobrevivência de organismos vivos.

Quando se encontram indícios desse tipo de proteção em outros planetas, aumenta-se a expectativa de que eles também possam sustentar algum tipo de vida, mesmo que em condições diferentes das da Terra. Até pouco tempo atrás, era muito difícil detectar campos magnéticos em planetas rochosos distantes, o que limitava essa avaliação.

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Planeta próximo emite sinal intrigante

O planeta identificado é YZ Ceti b, que orbita uma estrela próxima, a apenas 12 anos-luz de distância. Ele chamou atenção ao emitir uma série de sinais de rádio que, segundo os cientistas, são resultado da interação com a estrela ao seu redor. Isso indica a provável existência de um campo magnético ao seu redor.

Esse tipo de interação lembra o fenômeno das auroras boreais, que ocorre quando partículas solares colidem com o campo magnético da Terra. No caso de YZ Ceti b, a aurora ocorreria na estrela, impulsionada pela atividade magnética entre os dois corpos.

A curta distância entre o planeta e sua estrela também facilita esse tipo de análise. Sistemas com essa configuração são ideais para estudar a presença e o comportamento de campos magnéticos em exoplanetas, que são aqueles fora do nosso sistema solar.

O estudo, divulgado na revista científica Nature Astronomy, destaca que a metodologia usada na detecção pode ser aplicada em outras observações, o que amplia significativamente o leque de planetas candidatos a abrigar vida. A descoberta representa mais um passo rumo à identificação de mundos habitáveis no vasto universo.