O produto se tornou alvo de proibições em vários países / Freepik
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Você sabia que existe um produto muito usado no carnaval que prejudica e muito a vida marinha e polui os oceanos? O nome dele é glitter, um microplástico que tem potencial para contaminar tudo, danificar a cadeia alimentar e até você, inclusive.
Aquelas pequenas partículas brilhantes que enfeitam o corpo dos foliões fazem feio quando são descartadas por aí, pois quando você lava o rosto coberto com esse material, as peças escorrem pelo ralo e são pequenas demais para serem filtradas no sistema de tratamento de esgoto, isto é, acabam indo para os rios e mares.
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No oceano, esses pedacinhos podem ser ingeridos facilmente pela fauna marinha.
Pesquisas recentes mostram que esse material prejudica o início da cadeia de alimentação aquática, como os plânctons, um alimento dos peixes, que, por sua vez, alimentam os humanos.
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Os microplásticos contaminam também as ostras, mexilhões e diversos outros tipos de animais marinhos. Ao ingerirem esses pequenos plásticos, todo o crescimento e alimentação da fauna marinha pode ser afetada e, por consequência, impactar toda a cadeia alimentar
O produto se tornou alvo de proibições em vários países. No Brasil, há projetos que tentam barrar a venda deste material, mas as propostas seguem à espera de parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço.
No ano passado, a União Europeia proibiu a venda de produtos com microplásticos de modo geral, como glitter, em seus países. Na região, a estimativa era de que 42 mil toneladas de pequenas microesferas eram liberadas anualmente.
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Diante da proibição em diversos países, uma das principais alternativas adotadas por empresas, até mesmo no Brasil, é a fabricação de glitter biodegradável a partir de celulose, também metalizada com uma camada de alumínio.
No contexto da poluição dos mares, não dá pra dizer que o glitter é o grande vilão, já que não dá pra identificar a origem do microplástico, mas, de acordo com um estudo de 2015, o material é contabilizado entre as 15 e 51 trilhões de partículas que contaminam o oceano.
O glitter de plástico mais comum é produzido a partir de placas de PET ou PVC que são metalizadas com alumínio e, depois, tingidas com cores diferentes.
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Com informações da BBC.