Uma mutação rara no cromossomo X, perto de um gene hormonal, muda tudo e transforma o pigmento preto em laranja. / Freepik
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Por que alguns gatos são laranjas? A ciência acaba de desvendar o mistério. Pesquisadores identificaram uma mutação única no cromossomo X que interfere diretamente na cor da pelagem desses carismáticos felinos, revelando um segredo genético.
Essa descoberta é importante não só para os amantes de gatos, mas para a genética, mostrando um novo tipo de mecanismo de coloração em animais, como apontado por Greg Barsh, coautor do estudo, em entrevista para o portal CNN.
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É essa peculiaridade genética que torna as fêmeas laranjas totalmente incomuns, um detalhe fascinante sobre a hereditariedade da cor em gatos que agora tem explicação científica.
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O estudo mergulhou fundo no DNA de gatos de várias cores para encontrar a diferença genética. Eles compararam amostras de felinos laranjas com outros e mapearam 51 variações genéticas possíveis. Apenas três eram exclusivas dos ruivos, focando a investigação.
A principal diferença genética encontrada foi uma pequena exclusão, segundo a pesquisa. Ela não está dentro de um gene de pigmentação, mas fica bem perto do gene Arhgap36, localizado no cromossomo X. Este gene curioso está ligado à regulação de vias hormonais.
Mesmo sem estar dentro de um gene de cor, essa pequena exclusão muda tudo. Ela interfere na maneira como a melanina é produzida. O resultado é que o pigmento preto é substituído pelo laranja, dando a cor vibrante que conhecemos e adoramos nos gatos.
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Essa alteração genética é exclusiva dos gatos domésticos, afirmam os cientistas. Ela não foi encontrada em nenhum outro animal pesquisado, nem mesmo nos ancestrais selvagens dos gatos. Isso fortalece a ideia de que surgiu uma única vez na história felina.
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A mutação é antiga, acompanhando os gatos por séculos. Há registros de felinos com essa coloração em obras de arte chinesas desde o século XII. Isso mostra a longa jornada dessa característica genética através do tempo, cativando gerações.
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Além de explicar a cor, a pesquisa ensina sobre mecanismos genéticos incomuns. Os cientistas, como Greg Barsh, querem ver se esse tipo de mutação, que age perto de genes, ocorre em outras partes do DNA ou em outros bichos, ampliando o conhecimento.