No centro de Porto Alegre (RS), a Rua Gonçalo de Carvalho se destaca não apenas pela beleza que atrai visitantes / Cristine Rochol / PMPA
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No centro de Porto Alegre (RS), a Rua Gonçalo de Carvalho se destaca não apenas pela beleza que atrai visitantes, mas pelo exemplo raro de como uma cidade pode integrar natureza, história e rotina urbana de forma equilibrada.
Com cerca de 500 metros de extensão, a via localizada no bairro Independência é inteiramente coberta por tipuanas centenárias, formando um corredor verde que modifica clima, paisagem e até o comportamento de quem passa por ali.
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Embora tenha ganhado projeção mundial a partir de 2008, quando imagens divulgadas por um biólogo português viralizaram nas redes, o reconhecimento oficial veio antes: em 2006, a Prefeitura declarou a área como Patrimônio Ambiental.
A decisão não só protegeu as árvores, mas garantiu que qualquer intervenção urbana precisasse respeitar o conjunto paisagístico, preservando fachadas, calçadas e o dossel vegetal que se tornou símbolo do local.
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O impacto ambiental da Gonçalo de Carvalho já é tema de estudos acadêmicos. O corredor verde reduz a temperatura da região, melhora a qualidade do ar e abriga diferentes espécies de aves e insetos, um exemplo de biodiversidade urbana que contrasta com o ritmo intenso do entorno.
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A sombra constante e o baixo volume de tráfego transformam a rua em um espaço acolhedor para pedestres, reforçando a importância de projetos que privilegiam mobilidade a pé e áreas verdes em grandes cidades.
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Além das árvores, a rua mantém um conjunto arquitetônico do início do século 20, com prédios e casas de estilo neoclássico que reforçam o caráter histórico do local.
A convivência entre avanços urbanos, passado arquitetônico e natureza abundante é um dos motivos que fazem a via ser estudada como modelo de urbanismo humanizado.
Mesmo sem integrar rankings oficiais, a Gonçalo de Carvalho segue atraindo visitantes interessados em cidades mais verdes e sustentáveis.
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Para especialistas, ela representa uma prova concreta de que a preservação ambiental é possível mesmo em áreas densas, desde que haja vontade política e envolvimento da comunidade.