Os motoristas enfrentam uma descida de 1.000 metros de altitude ao longo de 8 km / Robson Roy
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Motoristas que seguem em direção ao litoral norte de São Paulo, especialmente rumo a Ubatuba, podem se deparar com uma cena inusitada na Rodovia Oswaldo Cruz: centenas de calotas amontoadas às margens da pista.
A situação, além de curiosa, representa um risco tanto para os condutores quanto para o meio ambiente.
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De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), aproximadamente 2 mil calotas são recolhidas por mês ao longo da estrada.
Rodovias do estado de SP estão se tornando cada vez mais destaque no noticiário e, inclusive, esse mês, novos radares foram instalados em algumas estradas.
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A grande concentração dessas peças ocorre principalmente no trecho de serra, onde a descida íngreme e as curvas sinuosas contribuem para que elas se soltem dos veículos.
A estrada, que liga Taubaté a Ubatuba, tem um dos trechos mais desafiadores do estado, com curvas acentuadas construídas no século XVIII.
Além disso, os motoristas precisam enfrentar uma descida de 1.000 metros de altitude ao longo de 8 km.
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Essa combinação faz com que os freios dos veículos sejam bastante exigidos, gerando calor intenso. O DER-SP explica que esse calor é transmitido às calotas, que, por serem de plástico, acabam se deformando e se soltando com facilidade.
Para minimizar os riscos, o DER-SP realiza um trabalho contínuo de coleta das peças. Semanalmente, catadores percorrem a estrada a pé para recolher as calotas, evitando que elas causem acidentes ou prejudiquem a vegetação da Mata Atlântica.
Mesmo com essa ação, o grande volume de peças continua impressionando motoristas que trafegam pelo trecho.
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A recomendação dos especialistas para enfrentar a descida íngreme da serra é o uso do chamado freio-motor, uma técnica que utiliza a marcha do carro para manter uma velocidade controlada sem a necessidade de aplicar os freios continuamente.
Dessa forma, evita-se o superaquecimento do sistema de frenagem e, consequentemente, o desprendimento das calotas.
Além disso, motoristas devem ficar atentos à manutenção do veículo antes de enfrentar estradas de serra, garantindo que pneus, rodas e componentes de suspensão estejam em boas condições.
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