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Cidades turísticas em todo o país estão adotando cobranças ambientais e de turismo, entenda como funcionam e quanto custa visitar cada uma delas
Turistas pagam taxas ambientais em destinos. A medida busca equilibrar o turismo com a preservação das belezas naturais brasileiras / stockking/Freepik
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As taxas de turismo já são conhecidas no Brasil, mas vêm ganhando espaço em um número cada vez maior de destinos. Criadas para apoiar a conservação ambiental e o controle do fluxo de visitantes, essas cobranças já fazem parte da experiência de quem viaja para locais como Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE) e Bombinhas (SC) — e devem ser adotadas em outras cidades em breve.
O que antes era visto como uma medida pontual, restrita a ilhas e vilas isoladas, agora se consolida como uma estratégia de turismo sustentável. De praias a parques nacionais, municípios com grande atrativo turístico estão regulamentando valores que podem ultrapassar R$ 100 por dia.
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Chamadas de Taxas de Preservação Ambiental (TPA), Taxas de Turismo Sustentável (TTS) ou Taxas de Conservação Ambiental (TCA), essas cobranças são aplicadas em destinos turísticos que procuram proteger o patrimônio natural e cultural que mantém o turismo vivo.
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As taxas representam uma responsabilidade tanto dos visitantes, quanto das comunidades locais para conservar as cidades. Garantidas em leis municipais, as taxas têm como função financiar serviços públicos, reduzir impactos ambientais e organizar o fluxo de turistas.
Os valores arrecadados são investidos em limpeza urbana, coleta de resíduos, segurança, sinalização e manutenção de áreas de preservação. A forma de cobrança varia: pode ser por pessoa, veículo ou diária — e, em muitos casos, o pagamento pode ser feito antecipadamente pela internet, de forma simples e rápida.
Veja na galeria quais são os destinos famosos que já cobram taxa:
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A lista de municípios que estudam ou já aprovaram leis para criar taxas ambientais cresce a cada ano.
Ilhabela (SP) pretende retomar a cobrança da TPA em dezembro de 2025, com valores a partir de R$ 48 por carro. O recurso será destinado à manutenção de serviços públicos e preservação das áreas naturais.
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Campos do Jordão (SP) também está próxima de implementar a medida. O projeto que cria a taxa foi aprovado na Câmara Municipal e aguarda sanção do prefeito. A previsão é que a cobrança entre em vigor no segundo semestre de 2026.
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Já em Aparecida do Norte (SP), a prefeitura propôs um Projeto de Lei Complementar que cria uma taxa turística voltada ao fortalecimento da infraestrutura durante as grandes romarias e eventos religiosos que atraem milhões de fiéis todos os anos.
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A cobrança dessas taxas reflete uma mudança de paradigma no turismo brasileiro. Elas surgem como uma tentativa de equilibrar o desejo de explorar paisagens únicas com a necessidade de proteger ecossistemas frágeis e garantir qualidade de vida aos moradores locais.