Pesquisadores alertam: longevidade desacelerou e não cresce como antes / Freepik
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As gerações que nasceram entre 1939 e 2000 talvez nunca cheguem a viver um século. O alerta vem de um estudo que analisou dados de países ricos e mostrou que a longevidade perdeu velocidade.
Publicada na revista PNAS, a pesquisa indica que, após 1938, nenhuma geração deve atingir, em média, a marca dos 100 anos. O dado derruba a ideia de que cada geração viveria mais que a anterior.
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Os cientistas utilizaram seis métodos de previsão de mortalidade em 23 países. O resultado foi o mesmo em todos: a expectativa de vida continua crescendo, mas em ritmo muito mais lento.
'Nossos resultados indicam de forma robusta e consistente uma desaceleração da expectativa de vida por corte', escreveram os autores da pesquisa. A frase resume a dura realidade encontrada.
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No passado, a cada geração, a longevidade aumentava em média 0,46 ano. Agora, essa taxa caiu de 37% a 52%. Uma mudança significativa que limita a esperança de viver além dos 100 anos.
Assim, mesmo em países desenvolvidos, viver um século pode continuar sendo privilégio de poucos, e não a conquista coletiva que muitos imaginavam.
Uma das principais razões é que o avanço contra a mortalidade infantil já chegou ao limite. Sem esse fator, que impulsionou o passado, o crescimento da longevidade perdeu força.
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O futuro da vida longa depende agora de entender os mecanismos do envelhecimento e de prevenir doenças crônicas desde cedo. Apenas bons hábitos e acesso à saúde já não bastam.
Confira também para viver muito mais e melhor, o segredo pode estar na prática desses esportes.
Governos e indivíduos terão de se adaptar: novas políticas de previdência, saúde e qualidade de vida serão essenciais para lidar com uma sociedade que não viverá tanto quanto esperava.
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Entre 1971 e 2021, a expectativa de vida no mundo saltou de 58 para 71 anos. O avanço foi expressivo, mas especialistas avisam que esse ritmo não deve se repetir nas próximas gerações.
Na França, mulheres vivem em média 85,6 anos e homens, 80 anos. Apesar da alta longevidade, a marca de 100 anos ainda está longe de se tornar comum.
O aspecto positivo é que as mulheres tendem a viver mais anos com saúde. Mas o recado da ciência é claro: soprar 100 velas continuará sendo um feito raro no século 21.
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