Quem hoje está na casa dos 50 ou 60 anos pode se reconhecer em um ponto positivo destacado pela Psicologia / Freepik
Quem hoje está na casa dos 50 ou 60 anos pode se reconhecer em um ponto positivo destacado pela Psicologia. Um estudo citado pelo jornal francês Ouest-France indica que pessoas nascidas nas décadas de 1960 e 1970 desenvolveram capacidades mentais que se tornaram menos frequentes nos dias atuais.
Segundo a pesquisa, essas características surgiram em um contexto de vida mais simples, mas também mais exigente. O cotidiano oferecia menos soluções prontas e obrigava crianças e jovens a lidar com desafios constantes.
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A ausência de telas e a necessidade de assumir responsabilidades desde cedo tiveram papel decisivo nesse processo.
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Como resultado, qualidades como paciência, autonomia e tolerância à frustração foram mais estimuladas, algo que hoje aparece com menos intensidade em gerações mais novas.
Galeria: os traços psicológicos mais comuns nessas gerações
Paciência: Em um período em que a informação circulava lentamente, saber esperar fazia parte da rotina. Psicólogos apontam que essa experiência contribuiu para decisões mais refletidas e uma relação mais equilibrada com o tempo / Pixabay
Autogestão emocional: O
estudo mostra que a razão tinha mais espaço do que reações impulsivas. O autocontrole aprendido na infância está ligado, mais tarde, a menores níveis de estresse e ansiedade / Pixabay
Valorização do que se tem: Com menos acesso a bens e menor pressão por consumo, essas gerações desenvolveram maior satisfação com o essencial e menos apego material / Pixabay
Confiança na própria capacidade: Em vez de explicar resultados apenas por fatores externos, quem cresceu nesse contexto aprendeu a confiar no esforço pessoal, na disciplina e na responsabilidade / Pixabay
Resistência ao desconforto: A espera e a falta de respostas imediatas tornaram o desconforto algo comum. Essa vivência ajudou a formar resiliência e flexibilidade emocional ao longo da vida / Pixabay
Solução prática de dificuldades: Resolver problemas sem apoio tecnológico, consertar objetos ou lidar com imprevistos fazia parte do dia a dia. Isso fortaleceu a autonomia e a autoconfiança / Pixabay
Capacidade de adiar recompensas: Aprender que os resultados levam tempo favoreceu o autocontrole e reduziu a impulsividade. Uma meta-análise de 2020 associa a autorregulação na infância a melhor saúde mental e desempenho acadêmico na vida adulta / Pixabay
Atenção sustentada: Ler por longos períodos, escrever cartas ou ouvir discos inteiros ajudou a desenvolver maior capacidade de concentração, em contraste com o ritmo fragmentado atual / Pixabay
Enfrentamento direto de conflitos: O convívio presencial ensinou a interpretar linguagem corporal, exercitar a escuta ativa e construir uma comunicação mais clara e assertiva / Pixabay


Um aprendizado que atravessa o tempo
O estudo destaca que não se trata de idealizar as décadas de 1960 e 1970, que também foram marcadas por dificuldades e desigualdades sociais.
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A proposta é mostrar que alguns aspectos desse modo de vida continuam relevantes. Conforme o artigo, que também teve repercussão no portal argentino Infobae, o avanço tecnológico nem sempre caminha junto com maior equilíbrio emocional ou força mental.