O navio é de extrema importância para fazer o reparo do submarinos de Madagascar e Gana / Freepik
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A emergência de um cabo submarino rompido nas águas africanas acende um alerta imediato para a continuidade da conectividade global. Quando esse tipo de incidente ocorre, há apenas uma solução viável: acionar o único navio especializado permanentemente no continente para esse tipo de intervenção.
Nos ambientes marítimos onde as redes de fibra óptica atravessam oceanos e lidam com âncoras, correntes e deslizamentos submarinos, a manutenção torna-se uma peça essencial para a infraestrutura digital mundial.
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No caso da África, essa estrutura crítica é servida por uma única embarcação de reparo que atende todo o trecho, e a robustez desse sistema mostra que, ainda que invisível ao usuário comum, o reparo de cabos submarinos é vital para manter nossas operações cotidianas conectadas.
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O navio em questão, o Léon Thévenin, pertence à frota da empresa francesa Orange Marine e está operacional há cerca de quatro décadas.
Embora existam 62 embarcações no mundo dedicadas ao reparo de cabos submarinos, somente esta está permanentemente posicionada para atender à costa africana, de Gana até Madagáscar.
Com 107 metros de comprimento e uma tripulação de cerca de 60 pessoas, o navio é equipado tanto para águas profundas quanto rasas, mesmo em condições meteorológicas extremas.
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A exclusividade dessa embarcação na região ressalta a delicadeza e a especialização exigidas para o reparo de cabos submarinos, uma operação que não admite improvisos.
O continente africano é cercado por uma extensa rede de cabos submarinos que conectam países, data centers e estações terrestres.
Entre os mais importantes estão o sistema conhecido como 2Africa, com 45 mil quilômetros de extensão, considerado o mais longo do mundo, além de outros que partem da Europa e Ásia em direção à costa africana.
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Quando ocorre um rompimento, as consequências podem ser severas: queda ou interrupção da comunicação, tráfego de dados comprometido e impacto direto na vida digital de milhões de pessoas.
A manutenção desse tipo de cabo exige recursos elevados, planejamento conjunto e um navio especialista pronto para atuação imediata.
Diversos fatores podem levar à ruptura de um cabo submarino. A região do Canyon do Congo, por exemplo, tem apresentado um número incomum de deslizamentos submarinos, o que eleva o risco de falhas nessa infraestrutura.
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Outro risco vem de âncoras de navios, condições meteorológicas adversas ou erosão do fundo marinho, tornando o reparo tecnicamente complexo.
Além disso, o navio deve estar preparado para operar em águas muito profundas ou rasas, sob ventos fortes e mar agitado. O Léon Thévenin está equipado com sistema de posicionamento dinâmico e plataforma de trabalho robusta, o que reforça o quão especializado e custoso é manter essa cobertura operacional.
Quando um cabo submarino se rompe, o efeito pode se refletir em diversos níveis: desde a lentidão em serviços de internet até a interrupção de data centers e aplicativos críticos. Na costa africana, a demora na resposta pode afetar a economia digital e a rotina de milhões de usuários.
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A presença de um navio de reparo como o Léon Thévenin reduz o tempo de inatividade ao permitir uma ação rápida e eficiente.
Manter uma embarcação desse tipo em alerta pode custar entre 70 e 120 mil dólares por dia, devido ao nível de especialização e prontidão exigidos.
O investimento é compensado quando se preserva o tráfego global de dados, garante a conectividade e evita danos maiores à infraestrutura digital que sustenta o mundo moderno.
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