Os escorpiões são os aracnídeos mais antigos do planeta Terra, habitando a terra há mais de 450 milhões de anos / Divulgação
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Os escorpiões são os aracnídeos mais antigos do planeta Terra, habitando a terra há mais de 450 milhões de anos. Conhecidos pelos perigos que geram a vida humana, esses animais desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico.
O Brasil abriga quatro espécies de escorpiões: O escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus), que aparece na região Norte e no estado do Mato Grosso; o escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus), que também tem aparecido nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Tocantins; o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), frequente nas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul; e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), com ocorrência em todas as regiões do país, mas na região Norte ainda restrito em Tocantins.
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Esses animais carregam uma substância chamada metabólitos secundários na cutícula. Por conta disso, na luz ultravioleta, eles parecem fluorescentes. Esse efeito ajuda os cientistas a fazer controle e coleta dos escorpiões, visto que eles saem para caçar durante a noite.
O veneno do escorpião é armazenado no órgão conhecido popularmente como cauda. O nome real do órgão é metassoma e ajuda a dar equilíbrio ao animal.
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Os escorpiões do gênero Ananteris têm a capacidade de desprender a cauda para escapar de predadores. Esse fenômeno é considerado automutilação, pois ao destacar parte do corpo, o intestino e o ânus param de funcionar e as fezes ficam acumuladas, ocasionando a morte.
Apesar dos 12 olhos, esses animais não possuem boa visão e tem como diferencial o sistema sensorial. Os pelos espalhados pelo corpo levam mensagens sobre o meio ambiente para o sistema nervoso e os pentes no ventre sentem vibrações, temperatura e umidade do ar. Dessa forma, os escorpiões podem notar pequenos barulhos e fugir imediatamente.
Espécies como o escorpião-preto-da-Amazônia e o escorpião-marrom acasalam para reproduzir.
O macho realiza uma espécie de dança nupcial para atrair a fêmea, pois caso ela negue, pode gerar uma briga fatal.
Após ela aceitar, eles ‘dão as mãos (as pinças)’ e realizam o ato.
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Cerca de 5% das espécies são capazes de ter filhotes sozinhas, na reprodução chamada partenogêneses. Nesse caso, o desenvolvimento de embriões ocorre sem a necessidade de fecundação de espermatozoides.
Os filhotes da espécie trocam de pele com apenas uma semana de vida. Após isso, realizam essa troca mais quatro vezes até se tornarem adultos. Por serem animais invertebrados, eles não possuem coluna vertebral para sustentar o corpo, e são sustentados pela carapaça externa. Quando ela fica pequena demais, precisa ser abandonada.
Ao nascer, os escorpiões sobem nas costas da mãe e ficam lá por 15 dias. A fêmea cuida da ninhada, porém os que caírem pelo caminho, acabam virando comida da própria mãe. Os filhotes que ficam em cima da mãe, porém, não se alimentam, pois possuem uma espécie de reserva alimentar.
Após esses 15 dias, os animais seguem a vida sozinhos.
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Quando os escorpiões sentem que tem perigo, eles tentam se defender. Porém, nesses movimentos no momento de estresse podem ocasionar nele encaixando o ferrão no próprio corpo. Porém o animal é imune ao próprio veneno e não morre.