A campeã desse ranking nada positivo é a Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis (SC), um dos destinos mais tradicionais da ilha. / Reprodução/PraiasFlorianópolis
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Com a chegada do verão e o aumento expressivo de visitantes no litoral brasileiro, um novo levantamento acende um sinal de alerta para quem pretende curtir o mar: algumas das praias mais populares do país estão entre as mais contaminadas por microplásticos.
A campeã desse ranking nada positivo é a Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis (SC), um dos destinos mais tradicionais da ilha.
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Conhecida pela cultura pesqueira e pelas águas calmas, a Praia do Pântano do Sul registrou 144 partículas de microplásticos por metro quadrado, segundo o estudo Raio-X dos Resíduos na Costa Brasileira, realizado pela Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP. O número é o maior do país.
Apesar disso, a praia segue classificada como própria para banho pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), já que os microplásticos não interferem nos indicadores usados para medir a balneabilidade. Mas pesquisadores alertam: o problema é grave e já compromete o ecossistema marinho.
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A segunda praia mais poluída do Brasil também é bastante procurada por paulistas durante a alta temporada. A Praia do Centro, em Mongaguá (SP), registrou 83 microplásticos por metro quadrado, ficando atrás apenas da catarinense.
Sorveterias populares entre turistas no verão são flagradas com irregularidades no litoral
Outro monitoramento ambiental, feito pela Cetesb, indica ainda que a Praia do Perequê, em Guarujá, apresenta a pior qualidade ambiental entre os pontos monitorados do litoral paulista.
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O ranking das praias com maior concentração de microplásticos é composto por destinos bastante conhecidos:
Segundo o levantamento, 91% dos resíduos encontrados nas praias brasileiras são plásticos, como garrafas PET, sacolas e embalagens descartáveis.
Com menos de 5 milímetros, esses fragmentos surgem da degradação de plásticos comuns e são facilmente ingeridos por peixes, aves e outros animais. Essa poluição vai parar no organismo humano por meio da cadeia alimentar e já é considerada um dos maiores desafios ambientais da atualidade.
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