Destino badalado esconde problemas ambientais que colocaram a praia no topo da lista das mais decepcionantes / HVL/Wikimedia Commons
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O corpo de jurados do portal Diario do Centro do Mundo (DCM) elegeu Balneário Camboriú, em Santa Catarina, conhecida como a “Dubai brasileira” por seus arranha-céus imponentes e praias badaladas , como uma das piores praias do Brasil.
Segundo o portal, por trás da imagem de luxo e modernidade, a cidade enfrenta sérios problemas ambientais, sociais e políticos que, na avaliação deles, justificam o título. O DCM destacou quatro pontos principais, conheça eles abaixo.
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A qualidade da água em Balneário Camboriú foi um dos aspectos decisivos para o ranking. Relatórios recorrentes indicam níveis preocupantes de coliformes fecais no mar.
De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), três praias do município estão atualmente classificadas como impróprias para banho:
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Os dados são do relatório divulgado em 5 de dezembro de 2025. Um ponto é considerado impróprio quando mais de 20% das amostras superam 800 Escherichia coli por 100 mL de água, ou quando a última coleta ultrapassa 2.000 E. coli por 100 mL.
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Para o DCM, o quadro é agravado por despejo irregular de esgoto e por uma infraestrutura incapaz de acompanhar a superlotação típica da cidade. O resultado, segundo o portal, é que entrar no mar pode representar risco à saúde.
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Para ampliar a faixa de areia, Balneário Camboriú realizou um grande projeto de aterramento na Praia Central, medida que, segundo especialistas e ambientalistas citados pelo DCM, transformou a orla em um ambiente artificial.
Estudos sobre o impacto da obra indicam que intervenções desse tipo podem alterar a dinâmica das correntes, afetar o ecossistema marinho e aumentar a turbidez da água, deixando o mar menos claro e menos convidativo.
Para o portal, em vez de revitalizar a praia, o alargamento reforçou uma sensação de artificialidade que divide opiniões.
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O DCM também destaca que a recorrência de coliformes fecais na Praia Central revela falhas de gestão ambiental e de fiscalização.
Relatórios oficiais mostram que os limites seguros são ultrapassados com frequência, o que, na avaliação do portal, evidencia que o município ainda não consegue conciliar turismo de massa com a preservação de seus recursos naturais.
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Outra crítica do DCM é o contraste entre a imagem cosmopolita da cidade e os problemas estruturais que comprometem a experiência dos visitantes.
Segundo o portal, muitos turistas atraídos pelo marketing acabam frustrados ao perceber que o mar cristalino das fotos não corresponde sempre à realidade.
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Para o DCM, Balneário Camboriú se tornou um exemplo de como crescimento urbano acelerado, falta de planejamento e disputas políticas podem prejudicar um destino turístico. Apesar dos arranha-céus e da estética de ostentação, a cidade ainda não garante o básico: água limpa, ambiente preservado e acesso acolhedor.
Na análise do portal, enquanto persistirem problemas como baixa balneabilidade, degradação ambiental e um modelo urbano excludente, Balneário Camboriú continuará figurando entre as praias mais criticadas, um alerta sobre os riscos de um desenvolvimento que ignora a sustentabilidade.