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Praia badalada do litoral brasileiro surpreende e é eleita a mais feia do país

Portal afirma que apesar da fama suas praias enfrentam mar impróprio e degradação crescente

Júlia Morgado

Publicado em 08/12/2025 às 15:01

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Destino badalado esconde problemas ambientais que colocaram a praia no topo da lista das mais decepcionantes / HVL/Wikimedia Commons

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O corpo de jurados do portal Diario do Centro do Mundo (DCM) elegeu Balneário Camboriú, em Santa Catarina, conhecida como a “Dubai brasileira” por seus arranha-céus imponentes e praias badaladas , como uma das piores praias do Brasil.

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Balneário Camboriú se destaca negativamente para o portal DCM pelos desafios ambientais e urbanísticos/ Prefeitura de Balneário Camboriú
Balneário Camboriú se destaca negativamente para o portal DCM pelos desafios ambientais e urbanísticos/ Prefeitura de Balneário Camboriú
Orla de Balneário Camboriú, é citada pelo DCM como exemplo do contraste entre modernidade e problemas estruturais/ HVL/Wikimedia Commons
Orla de Balneário Camboriú, é citada pelo DCM como exemplo do contraste entre modernidade e problemas estruturais/ HVL/Wikimedia Commons
Intervenção na faixa de areia e questões de balneabilidade foram apontadas pelo DCM/ Trustable/Wikimedia Commons
Intervenção na faixa de areia e questões de balneabilidade foram apontadas pelo DCM/ Trustable/Wikimedia Commons

Segundo o portal, por trás da imagem de luxo e modernidade, a cidade enfrenta sérios problemas ambientais, sociais e políticos que, na avaliação deles, justificam o título. O DCM destacou quatro pontos principais, conheça eles abaixo.

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1. Falta de balneabilidade

A qualidade da água em Balneário Camboriú foi um dos aspectos decisivos para o ranking. Relatórios recorrentes indicam níveis preocupantes de coliformes fecais no mar.

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), três praias do município estão atualmente classificadas como impróprias para banho:

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  • Praia de Taquaras (Ponto 08): em frente à Escola Municipal
  • Praia de Taquaras (Ponto 09): na Lagoa de Taquaras
  • Praia Central de Balneário Camboriú (Ponto 01): no Pontal Norte

Os dados são do relatório divulgado em 5 de dezembro de 2025. Um ponto é considerado impróprio quando mais de 20% das amostras superam 800 Escherichia coli por 100 mL de água, ou quando a última coleta ultrapassa 2.000 E. coli por 100 mL.

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Para o DCM, o quadro é agravado por despejo irregular de esgoto e por uma infraestrutura incapaz de acompanhar a superlotação típica da cidade. O resultado, segundo o portal, é que entrar no mar pode representar risco à saúde.

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2. O aterramento da Praia Central

Para ampliar a faixa de areia, Balneário Camboriú realizou um grande projeto de aterramento na Praia Central, medida que, segundo especialistas e ambientalistas citados pelo DCM, transformou a orla em um ambiente artificial.

Estudos sobre o impacto da obra indicam que intervenções desse tipo podem alterar a dinâmica das correntes, afetar o ecossistema marinho e aumentar a turbidez da água, deixando o mar menos claro e menos convidativo.

Para o portal, em vez de revitalizar a praia, o alargamento reforçou uma sensação de artificialidade que divide opiniões.

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3. Coliformes fecais como sintoma de má gestão

O DCM também destaca que a recorrência de coliformes fecais na Praia Central revela falhas de gestão ambiental e de fiscalização.

Relatórios oficiais mostram que os limites seguros são ultrapassados com frequência, o que, na avaliação do portal, evidencia que o município ainda não consegue conciliar turismo de massa com a preservação de seus recursos naturais.

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4. O contraste entre ostentação e descaso

Outra crítica do DCM é o contraste entre a imagem cosmopolita da cidade e os problemas estruturais que comprometem a experiência dos visitantes.

Segundo o portal, muitos turistas atraídos pelo marketing acabam frustrados ao perceber que o mar cristalino das fotos não corresponde sempre à realidade.

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Para o DCM, Balneário Camboriú se tornou um exemplo de como crescimento urbano acelerado, falta de planejamento e disputas políticas podem prejudicar um destino turístico. Apesar dos arranha-céus e da estética de ostentação, a cidade ainda não garante o básico: água limpa, ambiente preservado e acesso acolhedor.

Na análise do portal, enquanto persistirem problemas como baixa balneabilidade, degradação ambiental e um modelo urbano excludente, Balneário Camboriú continuará figurando entre as praias mais criticadas, um alerta sobre os riscos de um desenvolvimento que ignora a sustentabilidade.

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