Essa cidade possui até mesmo prefeitura própria / Imagem: Wikimedia Commons
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Na zona oeste paulistana, a USP criou um ecossistema completo que desafia a definição tradicional de campus universitário. A Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira desenvolveu características únicas ao longo de décadas, transformando-se em um verdadeiro microcosmo urbano dentro da capital paulista.
A Prefeitura do Campus exerce funções equivalentes às de um executivo municipal, com autonomia para tomar decisões que vão desde a manutenção das vias até a segurança pública. Como destacado no original, ela controla desde iluminação até planos diretores, algo incomum em ambientes acadêmicos.
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Essa estrutura de gestão independente permite respostas rápidas às necessidades da comunidade universitária. A administração local pode implementar políticas específicas para o território sem depender da burocracia da prefeitura de São Paulo, agilizando melhorias na infraestrutura.
Conheca ainda a cidade do interior de SP conhecida como a "Capital da Cerveja".
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O sistema de proteção da Cidade Universitária combina forças complementares. A Guarda Universitária atua como polícia local, enquanto um posto da Polícia Militar fornece apoio adicional. A proximidade com a Academia de Polícia cria um ambiente de segurança reforçada.
Mas mesmo com esse modelo híbrido, a Cidade Universitária acumula denúncias de crime violento. A mais eficaz segurança são os agentes da Guarda Universitária conhecem profundamente a dinâmica do local e suas particularidades, oferecendo um serviço customizado para a comunidade acadêmica.
As moradias estudantis abrigam 1.682 alunos, criando uma população fixa que transforma o campus em um bairro residencial ativo. O sistema de seleção por critérios socioeconômicos, mencionado no texto base, democratiza o acesso e promove diversidade.
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Os residentes dispõem de toda infraestrutura necessária no local, desde serviços de saúde até opções de lazer. Essa autossuficiência reduz a necessidade de deslocamentos externos e fortalece o senso de comunidade entre os estudantes.
O complexo hospitalar da Cidade Universitária vai além do atendimento básico. O Hospital Universitário serve como campo de prática para estudantes de medicina, enquanto o posto de saúde oferece atendimento psicológico especializado.
Essa estrutura completa permite que os alunos tenham acesso a cuidados médicos sem precisar sair do campus. O serviço odontológico complementar atende tanto à comunidade acadêmica quanto à população do entorno em alguns casos.
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O cinema universitário e as diversas áreas comuns espalhadas pelo campus oferecem opções de entretenimento acessíveis. Esses espaços promovem a integração social e o desenvolvimento cultural dos estudantes.
Além das atividades acadêmicas, a programação cultural inclui mostras de filmes, peças teatrais e exposições artísticas. Essas iniciativas transformam o campus em um polo cultural ativo, beneficiando toda a comunidade.
Os 60 pontos de ônibus internos atendidos por 18 veículos circulares formam uma rede de transporte urbano em miniatura. No entanto, como em grandes cidades, a demanda supera a oferta durante os horários de pico.
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As nove linhas de ônibus urbanas e a linha intermunicipal conectam o campus com diferentes regiões, mas estudantes relatam constantes problemas de lotação. A Prefeitura do Campus monitora esses fluxos para tentar melhorar a eficiência do sistema.
A possível estação de metrô, ainda em fase de estudos conforme o Plano Diretor, representaria uma revolução na mobilidade dessa minicidade. A Linha 22-Marrom integraria definitivamente o campus à malha paulistana.
Enquanto aguardam por essa solução, os mais de 70 mil usuários diários continuam movimentando essa cidade dentro da cidade, que mantém seu caráter único na paisagem urbana de São Paulo. A Cidade Universitária segue como um laboratório vivo de convivência acadêmica e urbana.
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Ainda de olho no futuro, o estado de São Paulo lidera o ranking das 5 melhores cidades para aposentar, segundo um levantamento do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) do Instituto Longevidade Mongeral Aegon.