Entenda tudo o que aconteceu no porto de São Sebastião / Foto: YouTube/Reprodução
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O Porto de São Sebastião entrou definitivamente no radar dos grandes investidores e se prepara para um salto histórico em sua capacidade de operação.
Com o arrendamento de um novo terminal previsto para 2026, o complexo portuário deve receber R$ 2,5 bilhões em aportes privados e ampliar em quase quatro vezes o volume atual de cargas.
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Sob a gestão da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), o projeto promete transformar o porto em um dos principais hubs logísticos de São Paulo, combinando crescimento econômico, geração de empregos e compromisso ambiental.
A visita do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, marcou uma etapa simbólica do processo de expansão. Ele acompanhou de perto os preparativos para o arrendamento do terminal SSB01, considerado o principal motor do novo ciclo de crescimento do porto.
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O projeto é conduzido em parceria entre o governo federal e o Estado de São Paulo, com previsão de licitação para março de 2026. A expectativa é que o novo terminal amplie em 187% a capacidade de movimentação, atraindo grandes operadores logísticos e novas rotas comerciais.
A proposta ainda passa por ajustes técnicos e jurídicos. A expectativa do governo é que o processo seja validado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ainda neste ano, liberando o cronograma para a fase final de concessão.
O arrendamento do novo terminal prevê R$ 2,5 bilhões em investimentos privados, valor que deve transformar profundamente a infraestrutura do porto. A nova área operacional ocupará 426 mil metros quadrados, com um píer dotado de dois berços para atracação de navios de grande porte.
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Durante o período de obras, a estimativa é de geração de cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos. Após a conclusão, outros 1,3 mil postos de trabalho permanentes devem ser criados, impulsionando a economia do litoral norte paulista.
Com os novos investimentos, a capacidade anual de movimentação deve chegar a 4,3 milhões de toneladas, além de até 1,3 milhão de contêineres por ano. Estudos também avaliam a possibilidade de manter um dos berços sob operação pública, ampliando a flexibilidade do projeto.
Recentemente, o Porto de São Sebastião adotou novas medidas obrigatórias para entrada de caminhões.
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Um dos principais diferenciais do Porto de São Sebastião é o seu canal natural profundo, que permite receber navios de grande calado sem a necessidade de dragagens constantes. Essa característica reduz custos operacionais e torna o terminal especialmente atrativo para cargas de grande volume.
Somente até setembro, o porto já movimentou 1,12 milhão de toneladas, com destaque para barrilha, malte, trigo, açúcar e equipamentos industriais. O desempenho reforça a percepção de retomada do papel estratégico do terminal no cenário logístico estadual.
Para o presidente da CDSS, Ernesto Sampaio, o momento é de reconstrução do protagonismo histórico. Segundo ele, o objetivo é garantir que a expansão ocorra com eficiência operacional, sustentabilidade ambiental e integração ao território, sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
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