O 'olhar de cachorro' é resultado de uma evolução da espécie / Reprodução/Freepik
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O cachorro é mesmo o melhor amigo do homem — e não é só por causa da lealdade. Com aquele jeitinho carinhoso e olhar irresistível, eles conseguem derreter até os corações mais duros.
Com o tempo, deixaram de ser apenas animais de estimação e viraram parte da família, dividindo espaço, carinho e até rotina com a gente. E quem nunca conheceu alguém que dizia que “nunca teria um cachorro”… até encarar aqueles olhos pidões e simplesmente não conseguir resistir? Depois disso, não tem mais volta.
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Aquele olhar doce, de sobrancelhas arqueadas e olhos brilhando, segundo estudos científicos, trata-se de uma estratégia evolutiva sofisticada que os cães desenvolveram para se conectar emocionalmente com os humanos.
Pesquisadores do Reino Unido e dos Estados Unidos identificaram que, ao longo dos séculos, os cães passaram por mudanças anatômicas que seus ancestrais selvagens — os lobos — não compartilham. A principal transformação está em músculos faciais específicos, localizados ao redor dos olhos.
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Confira o que acontece com o nosso corpo quando um cachorro está por perto. Saiba mais.
Esses músculos permitem aos cães levantar as sobrancelhas de forma expressiva, criando olhos mais arredondados e um semblante que remete ao de filhotes — algo que, instintivamente, desperta nos humanos sensações de cuidado, empatia e proteção.
O estudo, liderado pela psicóloga Juliane Kaminski, da Universidade de Portsmouth, indica que essa habilidade não é acidental. Durante o processo de domesticação, os cães que melhor conseguiam expressar esse tipo de olhar conquistavam mais atenção, carinho e cuidado dos humanos — o que aumentava suas chances de sobrevivência e reprodução.
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Com o tempo, essa vantagem evolutiva se consolidou, sendo transmitida de geração em geração. Hoje, é difícil encontrar um cão que não saiba, instintivamente, usar os “olhos de cachorro” para conseguir um agrado a mais — seja um petisco, um carinho ou aquele lugar especial no sofá.
Os lobos, apesar de compartilharem quase 99% do DNA com os cães domésticos, não desenvolveram essa musculatura específica. Isso sugere que essa habilidade surgiu exclusivamente como resposta à convivência próxima com os humanos, funcionando como uma forma de comunicação não verbal extremamente eficaz.
Muito além de um truque de expressão facial, os “olhos de cachorro” são o resultado de milhares de anos de convivência entre humanos e cães. Uma linguagem silenciosa, moldada pela necessidade de afeto e pela extraordinária capacidade canina de entender — e tocar — o coração das pessoas.
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De acordo com a psicologia, quando uma pessoa sente o impulso constante de acariciar cães, há um motivo por trás desse gesto tão comum.
Essa interação traz efeitos positivos para o estado emocional e promove bem-estar, além de aliviar o estresse de forma imediata.
Esta matéria do Diário traz mais detalhes sobre o que a psicologia diz sobre esse comportamento. Veja detalhes.
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