Furar a fila também é considerado um jeitinho brasileiro / Imagem gerada por IA
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O “jeitinho brasileiro” costuma ser visto como uma forma de improvisar, contornar regras ou encontrar soluções criativas para problemas do dia a dia. Mas um estudo publicado na revista científica Culture and Brain (2024) mostra que esse traço é mais complexo: ele reúne tanto criatividade e flexibilidade quanto a disposição de quebrar normas sociais quando conveniente.
Segundo os pesquisadores, o “jeitinho” funciona como um mecanismo psicológico que ajuda a lidar com situações de escassez ou burocracia. Ele pode ser positivo, quando gera soluções rápidas e inovadoras, mas também tem um lado negativo, ao incentivar pequenos atos de transgressão.
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O estudo sugere que o “jeitinho” não é apenas um estereótipo, mas um padrão de comportamento socialmente reconhecido. Ele é aprendido desde cedo, transmitido culturalmente e se manifesta em diferentes contextos: desde negociar uma fila até buscar alternativas criativas em momentos de crise.
Ao analisar o “jeitinho” sob a ótica psicológica, os cientistas destacam que ele revela como valores culturais moldam decisões individuais. Mais do que uma “mania nacional”, trata-se de uma expressão da capacidade humana de adaptar regras à realidade.
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*Com informações de Culture and Brain (2024), artigo “The Brazilian Jeitinho: A Socio-Cognitive Strategy Between Creativity and Rule-Breaking”