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Isso envolve ações concretas: bloquear ou silenciar o ex nas redes sociais, evitar lugares que frequentavam juntos e pedir a amigos em comum que não compartilhem informações
Terminar sempre dói mas superar sempre é preciso / Imagem gerada por Inteligência Artificial
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O contato zero vai muito além de uma simples estratégia - é uma ferramenta psicológica comprovada para ajudar na superação de términos. Christian Dunker, psicólogo doutor pela USP, explica como o cérebro processa adequadamente a perda.
E, segundo também a psicóloga, Silvia Congost, "manter contato, mesmo que indiretamente" faz com que nossa mente permaneça apegada à esperança de reconciliação. Isso inclui desde mensagens diretas até frequentar os mesmos lugares que costumavam visitar juntos.
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A ciência também já explicou que casais mais felizes fazem estas cinco coisas durante a semana.
Dunker explica que o processo de luto começa quando o 'Eu' identifica claramente um objeto perdido. Quando mantemos contato com o ex-parceiro, dificultamos essa identificação, podendo levar ao que o especialista chama de "luto infinito".
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Elisabeth Kübler-Ross mapeou os sete estágios do luto, sendo que o primeiro é justamente a negação. O contato zero ajuda a avançar por esses estágios de forma saudável, evitando que a pessoa fique presa na fase inicial de negação.
Implementar o contato zero envolve ações concretas: bloquear ou silenciar o ex nas redes sociais, evitar lugares que frequentavam juntos e pedir a amigos em comum que não compartilhem informações. Essas medidas criam o espaço emocional necessário.
Silvia Congost ressalta que deletar conversas e fotos temporariamente não é um ato de rancor, mas uma forma de proteger o processo emocional. O objetivo é permitir que o cérebro entenda definitivamente que o relacionamento terminou.
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Quando existem filhos ou projetos profissionais em comum, o contato zero precisa ser adaptado. Nestes casos, recomenda-se manter interações estritamente necessárias e sempre no campo impessoal.
Mesmo em términos amigáveis, onde há desejo de manter a amizade, os psicólogos sugerem um período de afastamento inicial. Esse hiato permite que ambos reprocessem seus sentimentos antes de estabelecer uma nova dinâmica de relacionamento.
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O período de contato zero deve durar até que a pessoa consiga pensar no ex-parceiro sem sofrimento intenso. Não existe um prazo padrão - cada indivíduo processa as emoções em seu próprio ritmo.
Como mostram os estudos psicológicos, o método do contato zero não é sobre esquecer, mas sobre permitir que o processo natural de luto ocorra de forma completa e saudável. Dessa forma, quando a dor passar, será possível lembrar do relacionamento sem sofrimento.