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Por que moças rezam para encontrar o amor em túmulo no cemitério mais clássico de SP?

Seria impensável dizer que as orações para achar um pretendente ocorram em um jazigo, mas tudo faz sentido

Jeferson Marques

Publicado em 12/10/2025 às 15:14

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Mulher leva flores e pede por amor da vida em túmulo no cemitério da Consolação / Foto ilustrativa / Imagem gerada por IA

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Entre flores, bilhetes e pedidos sussurrados, o jazigo da Marquesa de Santos, no Cemitério da Consolação, em São Paulo, virou ponto de fé e curiosidade.

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A mulher que virou lenda

Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, foi uma das figuras mais comentadas do século XIX, conhecida por seu romance com Dom Pedro I. Após sua morte, em 1867, seu túmulo ganhou fama inesperada: começou a atrair mulheres que buscavam sorte, amor e proteção.

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O primeiro milagre

Reza a história que, por volta de 1900, uma mulher desesperada pediu à Marquesa ajuda para encontrar o amor. Duas semanas depois, ela conheceu o homem dos seus sonhos e voltou ao cemitério com uma placa: “Obrigada pela graça alcançada”. O gesto espalhou a crença de que a Marquesa atendia pedidos do coração.

De amante a “santa popular”

A notícia correu entre prostitutas que trabalhavam no centro paulistano — e logo o jazigo virou um “templo sagrado”. Com o tempo, tantas faixas e placas se acumularam que a administração do cemitério precisou proibir as homenagens.

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Fé que resiste

Hoje, o túmulo continua coberto de flores frescas e bilhetes. Funcionários contam que é comum ver mulheres sozinhas orando em silêncio — algumas em busca de proteção, outras de um grande amor. Mais de um século depois, o local ainda mistura história, mistério e devoção popular.

 

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