Mulher leva flores e pede por amor da vida em túmulo no cemitério da Consolação / Foto ilustrativa / Imagem gerada por IA
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Entre flores, bilhetes e pedidos sussurrados, o jazigo da Marquesa de Santos, no Cemitério da Consolação, em São Paulo, virou ponto de fé e curiosidade.
Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, foi uma das figuras mais comentadas do século XIX, conhecida por seu romance com Dom Pedro I. Após sua morte, em 1867, seu túmulo ganhou fama inesperada: começou a atrair mulheres que buscavam sorte, amor e proteção.
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Reza a história que, por volta de 1900, uma mulher desesperada pediu à Marquesa ajuda para encontrar o amor. Duas semanas depois, ela conheceu o homem dos seus sonhos e voltou ao cemitério com uma placa: “Obrigada pela graça alcançada”. O gesto espalhou a crença de que a Marquesa atendia pedidos do coração.
A notícia correu entre prostitutas que trabalhavam no centro paulistano — e logo o jazigo virou um “templo sagrado”. Com o tempo, tantas faixas e placas se acumularam que a administração do cemitério precisou proibir as homenagens.
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Hoje, o túmulo continua coberto de flores frescas e bilhetes. Funcionários contam que é comum ver mulheres sozinhas orando em silêncio — algumas em busca de proteção, outras de um grande amor. Mais de um século depois, o local ainda mistura história, mistério e devoção popular.