Por que garotas do 'job' levam flores e agradecem milagres no túmulo da Marquesa de Santos?

Elas ganham a vida "divertindo" outras pessoas e, segundo a história, essa seria a profissão mais antiga do mundo. Estamos falando das prostitutas, (também chamadas de "meninas do job", que possuem um monumento "sagrado" onde pedidos são feitos e graças são alcançadas.

O monumento tido com o templo sagrado das garotas de programa é o jazigo onde está sepultada a Marquesa de Santos, no cemitério da Consolação, em São Paulo. Mas qual a ligação de uma coisa com a outra?

Amante

Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, nasceu em 1797, em São Paulo, e fez parte da nobreza da cidade naquela época, ficando muito famosa por ter sido a amante do imperador Pedro I do Brasil. Ela faleceu em 1867.

Dizem que em meados de 1900 as prostitutas que trabalhavam no Centro de São Paulo iam até o seu túmulo no cemitério da Consolação para pedir proteção, bençãos e milagres.

Certa vez uma mulher, de identidade desconhecida, clamou aos pés da sepultura para que a Marquesa a ajudasse a encontrar o amor da sua vida, coisa que teria acontecido cerca de 2 semanas depois, o que fez com que ela voltasse ao cemitério e colocasse uma plaquinha de agradecimento na tumba: obrigada pela graça alcançada.

Santa Popular

Depois disso, centenas de mulheres passaram a acreditar que a Marquesa de Santos, amante de Dom Pedro I, teria se tornado uma santa popular, e as visitações ao seu mausoléu aumentaram consideravelmente, tendo que as administrações passadas da necrópole ter de proibir a colocação de placas ou faixas de agradecimento às graças ou milagres.

Dias atuais

O túmulo da Marquesa de Santos segue sendo um dos mais visitados do cemitério da Consolação, recebendo flores e demais mimos todas as semanas. 

Funcionários afirmam que é normal mulheres sozinhas ficarem por bastante tempo orando na sepultura, mas não sabem dizer se são garotas de programa pedindo proteção e bençãos ou moças que ainda querem encontrar o seu príncipe encantado.