Diário Mais

Por que essa rocha solitária em Marte acendeu o alerta da equipe da Nasa?

Achado pode ser a pista de que Marte guarda restos de antigos visitantes do Sistema Solar

Jeferson Marques

Publicado em 26/11/2025 às 15:08

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Descoberta ajuda a entender melhor a história de impactos no planeta e no Sistema Solar / Divulgação/NASA/JPL-Caltech/ASU

Continua depois da publicidade

O robô rover Perseverance, da Nasa, fez recentemente um achado curioso em Marte: uma rocha que, ao que tudo indica, não se formou no próprio planeta vermelho.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O objeto recebeu o apelido de “Phippsaksla” pela equipe científica. Ele tem cerca de 80 centímetros de altura e logo chamou a atenção dos pesquisadores porque se destaca totalmente da paisagem ao redor: enquanto as outras pedras são baixas, achatadas e fragmentadas, essa é alta, esculpida e isolada no terreno.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Conheça os 5 asteroides mais perigosos para a terra e que preocupam a NASA

• Asteroide com poder de 22 bombas atômicas tem data para atingir a Terra, alerta NASA

• NASA pode estar implantando ferramentas para defender Terra de ameaças espaciais

Usando o instrumento SuperCam, instalado no robô, os cientistas analisaram a composição química da rocha. O resultado mostrou altos teores de níquel e ferro, uma combinação típica de meteoritos metálicos, formados no interior de grandes asteroides. Isso indica que o “Phippsaksla” provavelmente surgiu em outra região do Sistema Solar e, em algum momento do passado, caiu em Marte.

Não é a primeira vez que um objeto assim é encontrado por robôs da Nasa. Outros rovers — como Curiosity, Spirit e Opportunity — já haviam identificado meteoritos de ferro e níquel em diferentes pontos do planeta, alguns deles com até um metro de largura. Marte é repleto de crateras de impacto, então faz sentido encontrar, aqui e ali, restos de antigas colisões.

Continua depois da publicidade

O que surpreendia a comunidade científica até agora era justamente o fato de o Perseverance, ativo desde 2021, ainda não ter registrado um meteorito em sua rota pelo cratera Jezero. O local tem idade e características parecidas com o cratera Gale, explorado pelo Curiosity, onde esses “visitantes de pedra” são relativamente comuns.

Agora, com o robô já fora da borda principal de Jezero, a equipe acredita ter finalmente encontrado o primeiro exemplar. Mesmo assim, os pesquisadores ainda vão fazer novas medições e análises antes de bater o martelo e classificar oficialmente a rocha como meteorito. Se a confirmação vier, o Perseverance entra para o “clube” dos rovers que já estudaram fragmentos de corpos celestes que caíram sobre Marte.

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software