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Por que comemos peru no Natal? A curiosa origem da tradição mais saborosa do ano

A história do prato natalino passa por reis, descobertas e influências culturais que moldaram o cardápio atual

Júlia Morgado

Publicado em 13/12/2025 às 20:30

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Símbolo de fartura, o peru virou protagonista da ceia de Natal após conquistar os europeus / Freepik

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É quase impossível pensar na mesa de Natal sem imaginar um peru assado como protagonista. No entanto, essa associação é relativamente recente: durante muitos séculos, o destaque das festas de fim de ano na Europa era o javali com maçã na boca, um símbolo de status entre a nobreza.

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Então, como o peru conquistou seu lugar definitivo na ceia natalina?

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A trajetória começa quando a ave, originária do México, chegou à Europa. Por ser um animal desconhecido no continente, seu porte imponente e o pescoço avermelhado despertaram fascínio imediato, inclusive do rei Henrique VIII, um dos primeiros defensores do consumo de peru.

A ave, originária do México, conquistou a Europa e virou prato de destaque nas festas/ timolina/Freepik
A ave, originária do México, conquistou a Europa e virou prato de destaque nas festas/ timolina/Freepik
Nos Estados Unidos, o peru ganhou força no Dia de Ação de Graças antes de chegar à ceia de Natal/ Freepik
Nos Estados Unidos, o peru ganhou força no Dia de Ação de Graças antes de chegar à ceia de Natal/ Freepik
No Brasil, o prato divide espaço com chester e tender, que também reforçam a ideia de abundância na mesa/ timolina/Freepik
No Brasil, o prato divide espaço com chester e tender, que também reforçam a ideia de abundância na mesa/ timolina/Freepik

A partir daí, o hábito se espalhou e, com o tempo, o peru passou a representar abundância, já que alimentava muitas pessoas e não era encontrado com facilidade.

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Nos Estados Unidos, o caminho foi similar, mas com um capítulo extra: antes de chegar ao Natal, o peru se consolidou como prato oficial do Dia de Ação de Graças. Apenas no século XX ele migrou, também, para as celebrações natalinas, sempre associado a ocasiões especiais devido ao seu preço mais elevado.

No Brasil, a popularização se deu sobretudo pela influência norte-americana. Além disso, a grande quantidade de carne e a capacidade de servir famílias inteiras fizeram do peru um item quase obrigatório nas festas.

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Mesmo assim, ele não reina sozinho. O chester, uma ave selecionada para ter mais peito e coxas, ganhou espaço por transmitir a mesma ideia de fartura. Já o tender, um tipo de pernil suíno, tornou-se alternativa prática e mais acessível, possuindo uma presença garantida na mesa de muitos brasileiros.

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