Bolas de concreto de 400 toneladas no fundo do mar brasileiro? / Foto de Pixabay/Pexels
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Um grupo de cientistas alemães acabou de desenvolver um projeto que visa jogar no fundo do mar em vários países - dentre eles o Brasil - bolas de concreto de 400 toneladas, e você deve estar se perguntando o motivo de algo que parece, em um primeiro momento, assustador.
Sem prejudicar o meio ambiente, poluir ou colocar a vida de espécies marinhas em risco, o projeto tem como objetivo básico gerar e armazenar energia.
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Ele é desenvolvido desde 2012 pelo Instituto Fraunhofer IEE e Pleuger, sendo financiado pelo governo alemão e entidades privadas, levando o nome de "StEnSea".
Toda a iniciativa gira em torno do lançamento de bolas de concreto até o fundo do mar, há cerca de 800 metros de profundidade, com todas elas conectadas e alinhadas eletricamente.
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Cada uma dessas esferas possui 9 metros de largura e, embora sejam ocas, dentro delas há uma válvula motorizada que vai enche-lás ou esvaziá-las de acordo com a demanda de energia.
Durante o dia, por exemplo, os pesquisadores apontam que a demanda de energia é mais baixa, portanto, essas válvulas esvaziarão as bolas de concreto de água do mar usando bombas submersíveis que são projetadas para guardar energia potencial.
Durante a noite, como a demanda de energia é maior, a água do mar volta para dentro das esferas, transformando as suas válvulas em potentes turbinas geradoras de eletricidade, aproveitando-se da própria pressão oceânica para armazenar e liberar energia.
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Cada válvula vai acionar o seu motor após captar a força da água, que vai entrar sob pressão em um conduíte no interior de cada bola, fazendo com que a bomba "se transforme" em uma turbina geradora de eletricidade.
Crédito / Instituto Fraunhofer IEE e Pleuger
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As bolas de concreto são seguras e próprias para armazenar energia renovável e limpa. Além disso, não geram resíduos tóxicos nem emissões de poluentes, e podem abastecer milhares de lares dada as suas capacidades de armazenamento (cerca de 820.000 gigawatts ((GW)) por hora).
Além disso, as bolas de concreto têm uma vida útil de quase 60 anos.
O modelo ainda pode ser replicado não apenas no mar, mas também em lagos profundos, naturais ou artificiais, e complementar outros sistemas de geração de eletricidade, como parques eólicos.
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Os cientistas disseram que nas costas da Noruega, Portugal, Brasil, Japão e Estados Unidos estão os lugares já estudados e preferidos para os primeiros testes, pois possuirem melhor fluxo oceânico sem grandes barreiras de navegação ou trânsito intenso de peixes e outros seres aquáticos.
Lembrando que as esferas já serão submersas antes de 2026 nas águas de Long Beach, perto de Los Angeles, os Estados Unidos.