05 de Outubro de 2024 • 15:34
Diretora do Departamento Hidroviário explica que segurança é prioridade quanto o sistema é paralisado / Divulgação/Semil
Quem vive no Litoral de SP e depende do sistema de travessias para ir a outras cidades sabe que a rotina não é fácil. Só entre o início de julho e a primeira quinzena deste mês, foram 110 paralisações. Mas por que a travessia de balsas tem tantos problemas?
De acordo com o Centro de Controle Operacional (CCO) do Departamento Hidroviário (DH), a cada 10 interrupções ocorridas no período analisado, 9 têm o mesmo motivo: o clima.
Segundo a entidade, diversos fatores são contabilizados na análise. Contudo, dois fenômenos se repetiram com mais frequência no período: as neblinas e nevoeiros. Eles foram responsáveis por 90% das paradas.
Até mesmo as operações do Porto de Santos, o maior da América Latina, enfrentou falta de visibilidade causada por estes eventos naturais.
Desde julho, o litoral paulista vem sendo atingido por densos nevoeiros que cobrem toda a orla das praias e parte do mar.
Ainda de acordo com o CCO, entre o início de julho e a primeira quinzena deste mês, ocorreram 110 paralisações de curta, média e longa duração.
Deste total, 100 foram causadas por motivos de segurança. A baixa visibilidade causada por neblinas e nevoeiros detém todos os casos.
Dentre as travessias analisadas na pesquisa do CCO estão aquelas com maior tráfego. Dentre as 110 paralisações ocorridas entre o início de julho e a primeira quinzena deste mês, 55% afetaram as travessias Cananéia/Ariri, Cananéia/Continente e Cananéia/Ilha Comprida.
Além disso, 33% impactaram as travessias Santos/Guarujá, Santos/Vicente de Carvalho e Bertioga/Guarujá.
Por fim, das 110 interrupções, 12% ocorreram na travessia São Sebastião/Ilhabela.
Com relação às paralisações nas travessias causadas pelo clima, a diretora do Departamento Hidroviário, Jamille Consulin, disse que a prioridade é a segurança.
"Nosso site e as redes sociais são atualizados em tempo real para informar a situação operacional das oito travessias, especialmente quando há nevoeiros, neblinas e outras condições climáticas”, explicou.
De acordo com a entidade, as concessionárias responsáveis pelas travessias contam com um novo sistema de inteligência para gerenciar as oito travessias.
O painel compartilhado pelos operadores das travessias mostra dados importantes, como a força da maré, interrupções por nevoeiro intenso, status dos pontos de embarque e desembarque, e o número de veículos esperando.
Assim, segundo o DH, os usuários podem planejar suas viagens e estar completamente informados sobre as condições de operação.
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