Homem reclamando da vida e mulher não aguenta mais ouvir / Imagem criada por IA/Gemini
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Quem não conhece alguém que está sempre insatisfeito? O trânsito, o clima, o trabalho, a vida — tudo é motivo para uma nova queixa. Mas, para a Psicologia, esse comportamento não é apenas um mau hábito; ele pode ser um padrão de pensamento com sérias consequências para a saúde mental e o bem-estar.
Especialistas apontam que a reclamação crônica frequentemente se enraíza em uma dinâmica de vitimismo. A pessoa queixosa tende a externalizar a culpa, interpretando os contratempos da vida como ataques pessoais e evitando a responsabilidade. Segundo análises em artigos de psicologia, a queixa pode servir como uma maneira de buscar atenção ou validação, colocando o indivíduo em um papel de vítima que atrai a escuta dos outros. Em alguns casos, essa negatividade persistente pode ser um sinal de condições mais sérias, como a Distimia, uma forma de depressão crônica de baixo grau.
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O hábito de reclamar é, literalmente, prejudicial ao cérebro. Estudos em neurociência revelam que a repetição de pensamentos negativos tem a capacidade de reprogramar o cérebro, fortalecendo as conexões neurais ligadas ao pessimismo. Além disso, cada reclamação é interpretada pelo corpo como uma ameaça, o que desencadeia a liberação do cortisol, o hormônio do estresse. Níveis elevados de cortisol sobrecarregam o organismo, podendo enfraquecer o sistema imunológico e aumentar os riscos à saúde cardiovascular, conforme indicam diversos estudos.
A reclamação se torna um problema quando ela se transforma em um "lugar cômodo" que impede a ação. A crítica momentânea pode ser uma válvula de escape, mas quando é constante, ela apenas reforça o problema sem buscar uma solução. A recomendação unânime dos psicólogos é procurar a psicoterapia para quebrar esse ciclo vicioso. O processo ajuda o indivíduo a identificar a raiz da insatisfação e a substituir o foco na queixa pela busca ativa de soluções, promovendo uma mentalidade de gratidão e ação.
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Você tem notado esse padrão em seu dia a dia? A mudança começa no reconhecimento.