A Praia do Centro, em Mongaguá, apareceu como a segunda mais poluída do Brasil em concentração de microplásticos / Divulgação/Prefeitura de Mongagua
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Com a chegada do verão e o aumento do movimento no litoral sul de São Paulo, um novo estudo acende um alerta importante para quem pretende aproveitar a temporada nas praias da região.
A Praia do Centro, em Mongaguá – uma das mais procuradas por turistas durante os meses mais quentes –, apareceu como a segunda mais poluída do Brasil em concentração de microplásticos.
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O levantamento faz parte da pesquisa Raio-X dos Resíduos na Costa Brasileira, da Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, que analisou pontos turísticos e urbanos de todo o país.
De acordo com o estudo, a Praia do Centro registra 83 microplásticos por metro quadrado, número que a coloca atrás apenas da Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, que lidera o ranking com 144 partículas/m².
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Outros pontos famosos também aparecem na lista:
Conhecida pelo fluxo intenso de moradores e visitantes, a Praia do Centro é ponto tradicional para caminhadas, lazer e pesca. A foz do Rio Mongaguá compõe o cenário e atrai visitantes, especialmente no auge da temporada.
Praia mais poluída do litoral recebe turistas mesmo sendo imprópria quase o ano todo
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Mas a presença crescente dos microplásticos – partículas muitas vezes imperceptíveis a olho nu – ameaça não só o meio ambiente, mas também a vocação turística da cidade, que depende do movimento de verão para aquecer a economia.
Os microplásticos são fragmentos com menos de 5 milímetros, originados da degradação de embalagens, sacolas, redes de pesca e outros resíduos descartados incorretamente.
Além de serem ingeridos por peixes, moluscos e aves, essas partículas podem retornar ao ser humano pela cadeia alimentar, trazendo riscos à saúde a longo prazo.
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Com milhões de pessoas frequentando o litoral paulista entre dezembro e fevereiro, a qualidade das praias se torna ainda mais decisiva. Ambientes poluídos tendem a afastar turistas, reduzir faturamento de comerciantes e impactar diretamente a imagem das cidades.