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Descoberto sistema hidráulico que muda teoria sobre construção das Pirâmides do Egito

Como a água pode ter sido a chave esquecida para erguer as pirâmides mais antigas de Gizé

Agência Diário

Publicado em 20/10/2025 às 12:50

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As pirâmides do Egito são um dos principais símbolos da humanidade / Freepik

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Uma descoberta recente está desafiando as teorias tradicionais sobre a construção das pirâmides de Gizé, no Egito.

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Pesquisadores identificaram um sistema hidráulico subterrâneo que pode ter sido essencial para erguer essas monumentais estruturas de pedra, indicando que os antigos egípcios dominavam técnicas de engenharia muito mais avançadas do que se imaginava.

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Segundo o grupo de arqueólogos franceses responsável pela pesquisa, as evidências encontradas apontam para um complexo conjunto de canais, comportas e reservatórios que controlavam o fluxo da água.

Essa estrutura subterrânea teria sido utilizada para movimentar blocos gigantescos durante a construção da pirâmide de Djoser, em Saqqara, considerada a primeira grande obra de pedra da humanidade e um marco da Terceira Dinastia.

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Vestígios de um sistema hidráulico em Saqqara

Utilizando imagens de satélite e estudos arqueológicos detalhados, a equipe liderada pelo pesquisador Xavier Landreau identificou vestígios de uma rede hidráulica oculta sob o planalto de Saqqara.

Entre os achados estão canais subterrâneos, reservatórios e uma imensa estrutura de pedra chamada Gisr el-Mudir, que provavelmente funcionava como uma barragem para controlar as águas das cheias.

Ao sul da pirâmide, os pesquisadores também encontraram uma construção esculpida na rocha com características semelhantes às de uma estação de tratamento de água.

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Esse espaço teria servido para decantar sedimentos e purificar o líquido antes de utilizá-lo no sistema de elevação dos blocos, permitindo que a pressão da água auxiliasse na movimentação das pedras.

O papel do clima no antigo Egito

A descoberta também leva em conta as mudanças climáticas ocorridas há milhares de anos. Durante o período conhecido como Saara Verde, o Egito era uma região úmida, coberta por vegetação e com grande abundância de água.

Esse cenário seria ideal para sustentar o funcionamento de um sistema hidráulico de grande porte.

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Naquela época, o riacho Uádi de Abusir fornecia volume suficiente para abastecer as construções.

Em vez de sofrer com a escassez, os antigos egípcios aprenderam a aproveitar a fartura de água como força de trabalho natural, transformando o ambiente em um aliado para levantar as imponentes pirâmides que resistem até hoje.

Uma nova visão sobre a engenharia das pirâmides

Se comprovada, essa teoria pode transformar completamente o entendimento sobre as técnicas utilizadas na Antiguidade.

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Até então, acreditava-se que as pirâmides foram erguidas com o uso de rampas enormes, rolos de madeira e milhares de trabalhadores puxando as pedras sob o sol escaldante.

O uso da água como força de propulsão, no entanto, mostraria que os egípcios dominavam princípios físicos e hidráulicos com notável precisão.

Isso abre espaço para revisões em outras construções monumentais do passado, sugerindo que a engenhosidade humana antiga era ainda mais sofisticada do que a história tradicional nos fez acreditar.

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