Phubbing, o comportamento que está afastando as pessoas / Imagem gerada por IA
Continua depois da publicidade
Imagine a cena: você está contando algo importante para um amigo e, de repente, ele baixa os olhos para o celular. Essa atitude tem nome — phubbing — uma mistura das palavras em inglês phone (telefone) e snubbing (esnobar).
Não é apenas falta de educação: é um fenômeno que vem sendo estudado pela psicologia para entender por que tanta gente troca a atenção ao outro pela tela do smartphone.
Continua depois da publicidade
Um estudo brasileiro publicado no Journal of Applied Social Psychology (2023) investigou a relação entre phubbing, uso das redes sociais e personalidade. O resultado mostrou que quanto maior a dependência de celular e de aplicativos como o Instagram, maior a tendência de praticar phubbing.
Ou seja, quem passa muito tempo conectado está mais propenso a “desconectar” justamente quando alguém está ao lado.
Continua depois da publicidade
A pesquisa também revelou que o phubbing não é apenas questão de hábito, mas pode ter ligação com características pessoais. Pessoas com níveis mais altos de neuroticismo — traço associado à ansiedade e instabilidade emocional — tendem a se apoiar mais no celular em situações sociais.
Já quem tem maior conscienciosidade — pessoas organizadas, responsáveis e focadas — costuma evitar esse comportamento e manter a atenção no interlocutor.
Segundo psicólogos, o phubbing tem efeitos negativos tanto para quem sofre quanto para quem pratica. Ignorar alguém para checar o celular transmite sinais de desinteresse, frieza e falta de empatia, prejudicando amizades, relacionamentos amorosos e até contatos profissionais.
Continua depois da publicidade
Em tempos de hiperconexão, a ciência lembra que olhar nos olhos continua sendo mais poderoso que qualquer notificação.
*Com informações do Journal of Applied Social Psychology
Continua depois da publicidade