Esse comportamento cria um ciclo perigoso dentro das empresas / Freepik
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Os melhores trabalhadores costumam ser vistos como o coração de qualquer equipe: são comprometidos, pontuais, confiáveis e entregam resultados acima da média. No entanto, segundo o especialista em Recursos Humanos Rafael Alonso, esse perfil exemplar pode carregar um fardo silencioso.
Por não reclamarem, por assumirem mais tarefas e demonstrarem alta produtividade, acabam sendo os mais sobrecarregados e, paradoxalmente, os menos reconhecidos.
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Esse comportamento cria um ciclo perigoso dentro das empresas. A constância de bons resultados faz com que gestores depositem ainda mais responsabilidades nesses profissionais, que, para não decepcionar, seguem se esforçando além do limite.
Com o tempo, essa rotina leva à exaustão emocional e à sensação de injustiça, especialmente quando o esforço não é acompanhado de valorização real.
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Rafael Alonso destaca que o silêncio dos profissionais de alta performance é interpretado, muitas vezes, como sinal de satisfação. Na prática, é o contrário: eles silenciam para manter o ambiente estável, evitar conflitos e proteger a reputação que construíram.
Essa falta de queixas acaba mascarando o excesso de pressão e impede que líderes percebam o desequilíbrio.
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A ausência de comunicação sobre limites e insatisfação pode ser um dos maiores riscos à saúde mental desses trabalhadores.
Alonso ressalta que a lealdade e a entrega incondicional, quando não equilibradas com diálogo e reconhecimento, se transformam em armadilhas emocionais que corroem o bem-estar e a motivação.
O especialista lembra que valorizar o desempenho não se resume a bônus financeiros.
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O reconhecimento genuíno também passa por feedbacks positivos, oportunidades de crescimento e respeito aos limites pessoais. Pequenos gestos de reconhecimento diário ajudam a manter a motivação e mostram que o esforço é visto e valorizado.
Empresas que compreendem isso criam culturas mais saudáveis e sustentáveis. Alonso enfatiza que reconhecer o bom trabalho deve ser uma prática constante e não apenas uma reação a resultados excepcionais.
Essa mudança de mentalidade é essencial para reter talentos e evitar o desgaste dos profissionais mais dedicados.
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Gestores atentos conseguem identificar sinais de sobrecarga antes que se transformem em crises. Para Rafael Alonso, o papel da liderança é fundamental: ouvir, distribuir tarefas de forma equilibrada e garantir que o bom desempenho não se torne sinônimo de exploração.
Uma equipe produtiva é aquela em que o sucesso é compartilhado, e não concentrado em poucos.
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A liderança empática e consciente estimula a confiança e cria um ambiente onde os profissionais se sentem seguros para expressar seus limites. Isso fortalece a cultura organizacional e permite que todos cresçam de maneira saudável, reduzindo índices de burnout e rotatividade.
No fim, o segredo está no equilíbrio. Alonso defende que o bom trabalhador não precisa ser o que nunca falha, mas aquele que é ouvido, respeitado e reconhecido.
As empresas que entendem essa lógica tendem a construir relações mais duradouras e produtivas com seus colaboradores.
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Quando há equilíbrio entre entrega e valorização, todos saem ganhando: o profissional mantém a motivação e a empresa assegura resultados consistentes. Os melhores trabalhadores continuarão se destacando, mas agora de forma sustentável, saudável e justa.