Guardar ou esconder dinheiro em casa tem um lado bom e outro ruim, segundo a psicologia / Imagem gerada por IA
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Guardar notas de dinheiro em casa ou evitar usá-las pode parecer apenas um hábito antigo, mas a psicologia mostra que esse comportamento revela muito sobre nossa relação emocional com o dinheiro.
Pessoas que preferem manter cédulas guardadas, muitas vezes em locais escondidos, não estão apenas economizando: estão buscando segurança, controle e estabilidade diante da incerteza. O simples ato de conservar o dinheiro representa um símbolo de proteção contra perdas futuras e de resistência ao risco.
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Pesquisas em neurociência indicam que decisões financeiras estão ligadas a áreas do cérebro associadas ao medo e à recompensa. Por isso, quem guarda dinheiro de forma excessiva tende a ser mais cauteloso e desconfiado em relação ao futuro — o que pode refletir tanto prudência quanto ansiedade financeira.
A tendência de acumular pode ter origem em experiências de escassez ou instabilidade. Pessoas que passaram por períodos de crise econômica ou conviveram com a falta de recursos na infância podem desenvolver uma necessidade inconsciente de reter bens como forma de se proteger. É como se o ato de guardar notas fosse uma maneira de garantir que “nada faltará” amanhã.
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Além disso, fatores culturais e familiares também influenciam. Em muitas famílias, o valor do dinheiro está ligado ao esforço e ao sacrifício — e gastar pode ser visto como sinal de descontrole. Assim, guardar vira sinônimo de responsabilidade, ainda que em excesso.
Embora manter uma reserva seja saudável, o comportamento extremo pode trazer efeitos negativos. Em alguns casos, o acúmulo constante está relacionado a ansiedade, depressão e até isolamento social. O medo de gastar pode se tornar um obstáculo para aproveitar oportunidades, fazer investimentos ou até viver experiências simples do cotidiano.
No campo financeiro, guardar demais pode significar perder valor — especialmente em períodos de inflação ou quando o dinheiro poderia ser aplicado de forma mais proveitosa. No campo emocional, pode representar a dificuldade de confiar, de delegar e até de relaxar diante do tempo e das incertezas.
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Quando o impulso de guardar se transforma em sofrimento, o ideal é buscar ajuda psicológica. A terapia cognitivo-comportamental costuma ser eficaz, ajudando a pessoa a compreender suas crenças sobre o dinheiro e a desenvolver uma relação mais equilibrada com ele.
Aprender a diferenciar prudência de medo é o primeiro passo para transformar o acúmulo em consciência financeira. Guardar dinheiro é importante — mas entender o porquê de guardá-lo pode ser ainda mais valioso.
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