Comer nozes pode fazer bem para a saúde, comprova estudo. / Reprodução/Freepik
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Estudo confirma que o consumo de nozes modificou a microbiota e o metaboloma fecais, melhorou a resposta à insulina e reduziu a permeabilidade intestinal em adultos com obesidade.
Menos de 10% dos adultos consomem a quantidade diária recomendada de fibras, e as nozes são uma fonte de fibra alimentar, que ajuda a nutrir a microbiota intestinal, segundo a coautora do estudo Hannah Hoscher, PhD, professora associada da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.
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Em um estudo anterior conduzido pela professora e sua equipe, 18 homens e mulheres saudáveis, com idade média de 53 anos participaram e foi revelado que as nozes enriqueceram microrganismos intestinais, como a Roseburia, que oferecem benefícios importantes para a saúde intestinal, como a produção de ácidos graxos de cadeia curta.
O estudo atual, apresentado no congresso NUTRITION 2025 em Orlando, Flórida, encontrou benefícios semelhantes em 30 adultos com obesidade, mas sem diabetes ou doenças gastrointestinais.
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Os pesquisadores buscaram entender o impacto do consumo de nozes na microbiota intestinal, nos perfis de ácidos biliares no sangue e nas fezes, na inflamação sistêmica e na tolerância oral à glicose em uma refeição mista. Os participantes foram submetidos a um ensaio clínico cruzado, randomizado e controlado, com três fases de três semanas cada.
A única diferença entre as dietas era a inclusão de metades de nozes (WH), óleo de noz (WO) ou óleo de milho (CO). Cada fase foi separada por um período de três semanas de pausa. Hannah explica que forneciam café da manhã, almoço, lanches e jantar, todas as refeições e bebidas durante os três períodos de intervenção. A dieta era composta por alimentos típicos encontrados em supermercados.
Os principais resultados foram:
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Aumentou a presença de bactérias benéficas como Roseburia, associadas à saúde intestinal.
Menor absorção de substâncias como sucralose, indicando um intestino mais "selado" e saudável.
Os participantes que comeram nozes apresentaram menor elevação da insulina após uma refeição rica em glicose.
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Houve menor presença de compostos ligados à inflamação intestinal.
Menores concentrações de ácidos graxos de cadeia curta prejudiciais e aumento de compostos benéficos como indóis.
O foco atual é entender as conexões entre os ácidos biliares plasmáticos e o controle glicêmico, ou seja, glicose e insulina no sangue, afirmou a professora. O estudo também busca entender respostas individuais, já que cada pessoa reage de forma diferente.
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Ela acrescenta que, como a microbiota intestinal é um dos fatores que influenciam a resposta fisiológica à dieta, estão interessados em identificar assinaturas microbianas que possam prever o controle glicêmico.
Como a pesquisa ainda está em fases iniciais, a especialista recomenda simplesmente que as pessoas consumam uma variedade de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas e nozes para atingir a ingestão diária recomendada de fibras e apoiar a saúde intestinal.
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