Diário Mais

Peixe popular nas mesas brasileiras aparece entre os mais tóxicos do planeta

Para conter esses problemas, a indústria costuma recorrer ao uso frequente de antibióticos, pesticidas e outros agentes químicos

Isabella Fernandes

Publicado em 22/11/2025 às 18:33

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

O salmão se tornou presença constante nas mesas brasileiras, especialmente em pratos como sashimi, sushi e receitas grelhadas. / Pexels/Rachel Claire

Continua depois da publicidade

O salmão se tornou presença constante nas mesas brasileiras, especialmente em pratos como sashimi, sushi e receitas grelhadas. A fama de alimento “super saudável” impulsionou seu consumo, mas especialistas vêm chamando atenção para um ponto que passa despercebido por grande parte do público: o salmão de cativeiro, em especial o de origem norueguesa, pode representar riscos importantes à saúde.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Um ícone da culinária moderna

Ao contrário do salmão selvagem, a maior parte do salmão disponível no mercado brasileiro vem de sistemas de criação intensiva. Nessas estruturas, milhares de peixes são cultivados em tanques ou jaulas marinhas com espaço limitado, ambiente que favorece surtos de doenças e parasitas.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Vegetal viraliza ao enganar o paladar e imitar peixe frito com perfeição

• Peixe brasileiro pouco conhecido é tão nutritivo quanto o salmão e custa bem menos

• Nova espécie de peixe raro, diferente das mil já conhecidas, é descoberta no Brasil

Freepik
Freepik

Para conter esses problemas, a indústria costuma recorrer ao uso frequente de antibióticos, pesticidas e outros agentes químicos. Parte dessas substâncias se concentra na gordura do peixe e pode chegar ao consumidor.

O que dizem os especialistas

Pesquisadores e órgãos de saúde pública têm emitido alertas sobre a qualidade do salmão cultivado. Estudos indicam que peixes criados em cativeiro podem carregar dezenas de parasitas e apresentar níveis preocupantes de compostos tóxicos. Entre eles estão:

Continua depois da publicidade

  • dioxinas e PCBs, associados a alterações hormonais e neurológicas;
  • metais pesados, como mercúrio e arsênio, que afetam o sistema nervoso;
  • antibióticos e pesticidas, cujo consumo repetido pode favorecer resistência bacteriana;
  • corantes artificiais, aplicados para imitar a pigmentação natural do salmão selvagem.

O risco aumenta quando o peixe é ingerido cru, prática comum na culinária japonesa, já que a exposição a parasitas se torna maior.

Como consumir salmão de forma mais segura

O salmão continua sendo uma fonte valiosa de ômega-3 e proteínas, mas a forma de produção e a procedência devem ser consideradas. Especialistas recomendam:

  • verificar a origem do produto e optar por fornecedores que assegurem boas práticas de criação;
  • priorizar o salmão selvagem, quando disponível, por ter menor risco de contaminação;
  • moderar o consumo cru, reduzindo a chance de infecções parasitárias;

variar as fontes de ômega-3, incluindo sardinha, cavalinha e atum na dieta.

Continua depois da publicidade

Informação e escolha consciente

A popularidade do salmão não elimina a necessidade de atenção. Entender como o peixe é produzido e de onde vem ajuda o consumidor a tomar decisões mais seguras.

Vegetal viraliza ao enganar o paladar e imitar peixe frito com perfeição

A orientação geral de nutricionistas é clara: consumir com responsabilidade, diversificar o cardápio e, sempre que possível, optar por versões mais naturais e rastreadas.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software