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Parece um metrô da antiga Rússia soviética, mas é uma galeria subterrânea esquecida em SP

Depois de décadas esquecida, uma galeria histórica volta a encantar quem passa pelo Centro da Cidade

Agência Diário

Publicado em 28/10/2025 às 12:50

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Com mais de 6 mil metros quadrados de revestimento em mármore / Reprodução/YouTube
Com mais de 6 mil metros quadrados de revestimento em mármore / Reprodução/YouTube
A Galeria Prestes Maia guarda esculturas de nomes consagrados, como Victor Brecheret
A Galeria Prestes Maia guarda esculturas de nomes consagrados, como Victor Brecheret
Em seus três andares, o visitante encontra detalhes que fazem do local um verdadeiro museu subterrâneo
Em seus três andares, o visitante encontra detalhes que fazem do local um verdadeiro museu subterrâneo
Durante anos, esse cenário de luxo ficou entregue ao abandono
Durante anos, esse cenário de luxo ficou entregue ao abandono
Somente em 2024, após uma ampla restauração, o espaço renasceu e voltou a receber o público
Somente em 2024, após uma ampla restauração, o espaço renasceu e voltou a receber o público

Com mais de 6 mil metros quadrados de revestimento em mármore, a Galeria Prestes Maia guarda esculturas de nomes consagrados / Reprodução/YouTube

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À primeira vista, parece a entrada de uma estação de metrô soviética, com colunas imponentes e mármore por todos os lados. Mas quem desce as escadas da Galeria Prestes Maia descobre um dos espaços mais elegantes, e surpreendentes, do subsolo paulistano.

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Inaugurada em 1940, ela foi criada para ligar o Vale do Anhangabaú à Praça do Patriarca. Só que a proposta ultrapassou a simples função de passagem: virou um ponto de encontro entre arte, arquitetura e história.

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Uma galeria feita de arte e mármore

Com mais de 6 mil metros quadrados de revestimento em mármore, a Galeria Prestes Maia guarda esculturas de nomes consagrados, como Victor Brecheret. Em seus três andares, o visitante encontra detalhes que fazem do local um verdadeiro museu subterrâneo.

Durante anos, esse cenário de luxo ficou entregue ao abandono. Somente em 2024, após uma ampla restauração, o espaço renasceu e voltou a receber o público, transformando-se novamente em um dos segredos mais interessantes do centro de São Paulo.

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O passado elegante da Prestes Maia

Nos primeiros anos, a galeria foi um símbolo da efervescência cultural paulistana. Sua arquitetura art déco e o acabamento sofisticado atraíam artistas e intelectuais.

A inauguração teve presença de figuras importantes, como Getúlio Vargas e a modernista Anita Malfatti.

Com o tempo, o brilho se apagou. A partir da década de 1970, a decadência do centro histórico refletiu também na galeria, que passou a abrigar órgãos públicos e, depois, um centro de acolhimento para pessoas com AIDS, ambos encerrados nos anos 1990.

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Entre 2000 e 2008, uma parceria com o Masp trouxe um novo respiro. O espaço foi batizado de “Masp-Centro” e recebeu exposições, mostras e até desfiles do São Paulo Fashion Week.

Mas, após o fim da colaboração, a galeria voltou a ficar sem uso fixo, alternando períodos de reabertura e abandono.

Por que vale a visita

Hoje, com o Vale do Anhangabaú revitalizado, a Galeria Prestes Maia voltou a chamar atenção. O local passou a contar com segurança da Guarda Civil Metropolitana e se tornou novamente um ponto de curiosidade entre os que exploram o centro.

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Além da arquitetura, há tesouros artísticos para observar: as esculturas “Graça I” e “Graça II”, de Brecheret, e uma réplica em bronze de “Moisés”, de Michelangelo, feita pelo Liceu de Artes e Ofícios.

Mesmo sem programação permanente, o espaço recebe eventos e exposições pontuais. Mas basta caminhar por seus corredores para entender o encanto do lugar, um pedaço de história que sobreviveu sob o asfalto e ainda guarda a alma artística de São Paulo.

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