Palavras que você nunca deve dizer em uma ligação para não ser roubado; cuidado

Os golpes por telefone têm se tornado cada vez mais sofisticados e frequentes no Brasil e no mundo. A cada dia, mais pessoas relatam terem sido vítimas de fraudes iniciadas por simples ligações telefônicas que, à primeira vista, não levantam suspeitas. 

No entanto, o que muitos ainda não sabem é que até mesmo as palavras que você usa ao atender uma chamada podem ser o gatilho para um roubo de identidade ou fraude bancária.

O novo tipo de golpe que vem se popularizando nos últimos anos envolve uma técnica sorrateira: os criminosos ligam para você com o objetivo de gravar sua voz, principalmente quando você responde com palavras como “sim” ou “olá”. 

Essas gravações depois são editadas e reutilizadas para autorizar transações bancárias, validar contratos falsos ou enganar sistemas de atendimento automatizado de bancos e empresas. 

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O mais alarmante é que não é necessário que você forneça nenhum dado pessoal para cair nesse tipo de armadilha, sua voz, isolada, já pode ser suficiente.

Essas ligações geralmente vêm de números desconhecidos e começam com um tom de urgência ou um alerta falso. 

O objetivo é te fazer responder rapidamente, de forma espontânea e afirmativa. Ao dizer “sim”, por exemplo, os golpistas conseguem uma gravação que pode ser manipulada para dar a entender que você concordou com alguma transação ou contrato. 

Já um simples “olá” pode indicar que o número está ativo e servir como base para montar conversas falsas.

Dois termos devem ser evitados:

• “Sim”: pode ser recortado e usado para autorizar serviços que você nunca contratou, aceitar termos de contrato falsos ou validar cobranças indevidas em seu nome.
• “Olá”: além de confirmar que seu número está ativo e pertence a uma pessoa real, esse comprimento pode ser manipulado em áudios falsos para simular um diálogo completo.

Para se proteger desse tipo de crime, especialistas recomendam uma mudança simples, mas eficaz, na maneira como se atende a chamadas desconhecidas. 

Em vez de responder de forma afirmativa ou com saudações automáticas, prefira expressões mais neutras, que não possam ser utilizadas contra você em edições de áudio. 

Exemplos seguros incluem:

• “Quem está ligando?”
• “Como posso ajudá-lo?”
• “Em nome de quem?”

Outra técnica eficaz é permanecer em silêncio por alguns segundos. Essa pausa ajuda a identificar chamadas automáticas e reduz o risco de que sua voz seja capturada de forma útil para os criminosos. 

Se ninguém responder ou se houver uma mensagem gravada, desligue imediatamente.

Golpes por telefone não são novidade, mas os métodos estão evoluindo e se tornando cada vez mais difíceis de identificar. A nova modalidade de fraude com uso de voz gravada mostra que até uma simples conversa pode ser usada como ferramenta de roubo. 

Por isso, é essencial adotar uma postura cautelosa diante de chamadas inesperadas, principalmente aquelas que envolvem pressa, pressão ou tentativas de obter uma resposta afirmativa rápida.