A área que concentra os fósseis equivale, aproximadamente, ao tamanho de um campo de futebol, reforçando a magnitude do achado / Freepik
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A Bolívia consolidou sua posição como um dos maiores santuários paleontológicos do planeta após um estudo recente identificar a maior concentração de pegadas de dinossauros já registrada no mundo. A pesquisa foi concluída no Parque Nacional Torotoro, onde mais de 16 mil marcas foram preservadas em uma única região.
As pegadas datam do período Cretáceo, entre 145 e 66 milhões de anos atrás, e revelam um cenário de intensa atividade de diferentes espécies pré-históricas que circularam pelo local. A variedade de tamanhos das marcas indica a presença de um grupo diversificado de animais, tornando a descoberta um marco para a ciência.
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“É a mais importante do mundo que pode ser observada”, afirma Celso Aguilar, representante do Parque Nacional Torotoro.
De acordo com os pesquisadores, a maioria dos rastros foi deixada por terópodes, grupo de dinossauros bípedes e carnívoros que inclui o famoso Tiranossauro rex. As evidências ajudam a reconstruir o comportamento e a diversidade desses animais na América do Sul durante o período Cretáceo.
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A área que concentra os fósseis equivale, aproximadamente, ao tamanho de um campo de futebol, reforçando a magnitude do achado.
A conclusão da pesquisa exigiu um verdadeiro trabalho de formiguinha. Foram necessários seis anos de visitas regulares e análises minuciosas para que os cientistas conseguissem mapear e conectar nove áreas diferentes com pegadas de dinossauros.
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“Primeiro, começamos com uma área, e depois descobrimos que elas levavam a outra área, e era possível conectar todas elas. No fim, chegamos a nove áreas diferentes que estão mais ou menos fisicamente conectadas”, explica o paleontólogo Roberto Biaggi, coautor do estudo.
Embora a Bolívia possua um dos registros mais extensos e diversificados de sítios com pegadas de dinossauros — como a famosa parede de Cal Orck’o —, poucos estudos científicos aprofundados haviam sido publicados até agora.
Nesse contexto, a conclusão desta pesquisa é considerada fundamental para o entendimento da vida no período Cretáceo na América do Sul, além de fortalecer a relevância científica e turística do país no cenário paleontológico mundial.
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