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Pais que conseguem que os filhos obedeçam com facilidade nunca usam essas 5 frases

Especialista em parentalidade conta o segredo de fazer crianças ouvirem os pais e dá dicas de como se comunicar

Bruna Lima

Publicado em 23/06/2025 às 15:02

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Como dialogar com seus filhos sem criar desgastes / Reprodução/Freepik

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Uma especialista em parentalidade consciente estudou mais de 200 relações entre pais e filhos e chegou a conclusões para melhorar o relacionamento entre adultos e crianças. Lidar com os menores pode ser um desafio, mas é preciso entender a melhor forma de se comunicar com eles para ter uma relação harmônica e um filho obediente e educado.

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A autora do estudo, Reem Raouda, treinadora certificada de educação consciente, percebeu que os pais que evitam fazer ameaças, subornos ou punições severas raramente enfrentam resistência de seus filhos. Em vez disso, usam uma linguagem que realmente faz as crianças quererem cooperar.

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Frases tradicionais da criação mais autoritária, como “Para com isso” ou “Se você não fizer isso, então...”, costumam ativar o modo de sobrevivência no cérebro da criança, dificultando o aprendizado e o diálogo. Mas, quando a abordagem usa uma comunicação que respeita a autonomia da criança, sem abrir mão dos limites, a cooperação vem de forma mais natural.

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Reem indicou, com base em suas pesquisas, 5 frases tóxicas para evitar dizer ao seu filho — e por quais substituí-las:

“Porque sim.”

Em vez disso: “Eu sei que você não gostou dessa decisão. Vou te explicar e depois seguimos.”

Por que funciona: O famoso “porque sim” corta o diálogo e ensina obediência cega. Explicar, mesmo que brevemente, faz a criança se sentir respeitada.

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Você não está negociando, está mostrando uma liderança respeitosa. Essa abordagem reconhece os sentimentos da criança e reforça que você está no comando de forma calma e segura.

“Se você não me obedecer, vai perder [tal coisa].”

Em vez disso: “Quando você estiver pronto pra [comportamento X], a gente pode [atividade desejada].”

Por que funciona: Ameaças só geram resistência, porque colocam a criança na defensiva.

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Essa forma de falar mantém o limite firme, mas dá à criança o poder de decidir quando vai cumprir. Você não está retirando o limite, está tirando o confronto.

“Para de chorar, não foi nada.”

Em vez disso: “Tô vendo que você tá bem chateado. Me conta o que aconteceu.”

Por que funciona: Invalidar os sentimentos da criança faz com que ela aprenda que sentir é errado ou que ela é “demais” por demonstrar emoção.

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Quando a criança se sente ouvida, ela se acalma mais rápido e confia mais em você.

“Quantas vezes eu vou ter que repetir?”

Em vez disso: “Já falei sobre isso algumas vezes. Me ajuda a entender o que tá difícil pra você.”

Por que funciona: Essa pergunta, dita com frustração, dá a entender que a criança está sendo teimosa de propósito. Mas muitas vezes, o que parece desobediência é confusão, desconexão ou uma dificuldade real.

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Essa reformulação abre espaço para resolver o problema em vez de procurar culpados — e isso leva à raiz da questão.

“Você já é grandinho, sabe que isso tá errado.”

Em vez disso: “Parece que alguma coisa tá atrapalhando você de agir como seu melhor eu. Vamos conversar sobre isso?”

Por que funciona: Dizer “você sabe que isso tá errado” envergonha a criança e questiona seu caráter. Mas a frase alternativa muda a perspectiva: sai o castigo, entra a parceria.

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Ela parte do princípio de que seu filho é capaz e quer acertar, e que você está ali para ajudar. Isso estimula a reflexão em vez da defesa e transmite a mensagem: “Eu acredito em você. E estou com você.”

O verdadeiro segredo para fazer crianças ouvirem

Não se trata de controlar o comportamento dos filhos, mas de criar um ambiente onde a cooperação acontece naturalmente.

Crianças crescem mais seguras e colaborativas quando se sentem respeitadas, acolhidas emocionalmente e envolvidas nas decisões. Essas mudanças de linguagem não são apenas “ajustes”, elas representam uma transformação mais profunda na forma de enxergar a criação.

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Em vez de tratar a desobediência como algo a ser eliminado, passamos a vê-la como um sinal: um pedido de conexão, clareza ou apoio emocional.

Quando respondemos com empatia e liderança, em vez de controle e crítica, reduzimos as disputas de poder e criamos vínculos mais fortes. O resultado é filhos que confiam nos pais, aprendem a se autorregular e se tornam adultos emocionalmente mais saudáveis.

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