Conheça os sinais do câncer de pulmão / Freepik
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O diagnóstico de câncer de pulmão costuma chegar tarde demais para muitos pacientes, mas o corpo emite sinais de alerta em locais inesperados, como as unhas e as mãos. O baqueteamento digital é um sintoma clássico que, embora antigo, ainda é ignorado por muitos que desconhecem sua ligação com a saúde pulmonar.
A ciência moderna aponta que alterações hormonais e a redução da oxigenação sanguínea provocam mudanças físicas visíveis antes mesmo da tosse com sangue aparecer. Compreender esses mecanismos é vital para quem busca prevenção em um cenário de doenças silenciosas.
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O câncer é definido por pesquisadores da Universidade Palacký como um crescimento celular descontrolado que escapa da vigilância do nosso sistema imunológico. Ele se comporta como um invasor que rouba nutrientes e espaço de órgãos vitais para se expandir. No caso do pulmão, essa invasão é particularmente perigosa por não apresentar dor nos estágios iniciais.
Existem centenas de tipos de câncer, mas os que afetam órgãos internos são os mais difíceis de detectar a olho nu. Sem terminações nervosas que gerem dor imediata dentro dos pulmões, o tumor cresce livremente até atingir estruturas vizinhas. É nesse ponto que sintomas como a síndrome de Horner ou dificuldades para engolir começam a se manifestar.
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O programa de rastreio implementado em 2022 na República Tcheca visa justamente mudar essa realidade, incentivando o diagnóstico no estágio inicial. Quando descoberto cedo, as chances de recuperação completa são significativamente maiores. No entanto, o sucesso dessas iniciativas depende da conscientização pública sobre os riscos do cigarro e de poluentes ambientais.
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Os "dedos em baqueta" ou dedos em martelo são o resultado de um processo inflamatório e de oxigenação deficiente causado pelo tumor. As unhas perdem o ângulo natural, tornando-se convexas e dando um aspecto arredondado às pontas dos dedos. Esse sinal visual é um indicador de que o sistema respiratório ou cardiovascular está sob estresse severo.
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Além das mãos, o rosto também pode dar pistas: a pálpebra caída e a pupila contraída podem sinalizar que um tumor no topo do pulmão está afetando os nervos faciais. Perda de peso sem motivo aparente, fadiga crônica e náuseas também são relatadas por uma parcela considerável dos pacientes. Ignorar esses avisos é permitir que a doença avance para os ossos ou para o cérebro.
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A recomendação médica é clara: não espere por sintomas "óbvios" para procurar ajuda profissional se notar mudanças persistentes. Consultar um médico clínico geral ao perceber alterações na pele, veias inflamadas ou rouquidão pode interromper a progressão de um diagnóstico fatal. A saúde dos seus pulmões pode estar literalmente escrita nas pontas dos seus dedos.
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