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O silêncio que machuca: por que tantas pessoas estão praticando o 'ghosting'

Especialistas explicam por que o ato de desaparecer de uma relação virou um dos comportamentos mais dolorosos da era digital

Jeferson Marques

Publicado em 14/10/2025 às 14:13

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Homem chora enquanto aguarda uma resposta no celular que jamais virá / Imagem gerada por IA

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Nos relacionamentos modernos, uma palavra se tornou símbolo do desaparecimento repentino: ghosting. O termo em inglês, que significa literalmente “virar fantasma”, descreve a atitude de interromper toda forma de contato com alguém sem dar qualquer explicação. Em outras palavras, é quando uma pessoa simplesmente some — ignora mensagens, bloqueia nas redes sociais e desaparece do convívio, deixando o outro sem respostas.

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Uma prática cada vez mais comum

O ghosting surgiu como uma expressão típica dos relacionamentos amorosos, mas hoje vai muito além disso. Ele ocorre também em amizades, relações familiares e até no ambiente de trabalho, quando alguém deixa de responder e corta laços de forma súbita. Especialistas em comportamento afirmam que esse tipo de desaparecimento se tornou mais frequente na era digital, impulsionado pela facilidade com que se pode apagar conversas, perfis ou números de telefone com apenas um clique.

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Psicólogos destacam que, para quem pratica o ghosting, muitas vezes o ato é uma forma de evitar desconfortos. A pessoa prefere desaparecer a enfrentar uma conversa difícil ou emocionalmente desgastante. Em outros casos, o sumiço é resultado de imaturidade emocional, incapacidade de lidar com frustrações ou simples desinteresse.

As marcas emocionais deixadas

Já para quem sofre o ghosting, o impacto costuma ser profundo. A ausência de explicações pode gerar insegurança, baixa autoestima e sensação de rejeição. Muitos relatam dificuldade em aceitar o término de um vínculo sem um encerramento claro, o que pode gerar ansiedade e desconfiança em futuras relações.

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Especialistas também apontam que esse tipo de comportamento pode ter efeitos semelhantes aos de uma rejeição física ou social. O cérebro humano tende a interpretar o silêncio prolongado como uma forma de exclusão, provocando reações emocionais intensas — especialmente em pessoas mais sensíveis ou com histórico de abandono.

Quando o silêncio fala alto demais

O ghosting é, no fundo, um reflexo de como as relações humanas mudaram. Em tempos de conexões instantâneas, há também desconexões igualmente rápidas e impessoais. Para os especialistas, falar abertamente sobre o assunto e reconhecer o impacto emocional desse comportamento é o primeiro passo para relações mais honestas e empáticas — mesmo quando o fim é inevitável.

Fontes: Medical News Today, Psychology Today, Wikipédia, Saba México

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