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Ter uma organização na vida e sobre as suas coisas é correto e sadio, mas passa a fazer mal quando isso se torna repetitivo e obrigatório
Separar as notas de dinheiro por valor pode indicar transtornos, diz a psicologia / Arquivo/Agência Brasil
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Ser organizado é uma qualidade importante para todos os seres humanos, ainda mais em um mundo globalizado e tão tecnológico como o que vivemos, onde as informações constantes e o imediatismo por tudo imperam. Mas ser organizado ao extremo (como separar as notas de dinheiro por valor) pode significar um distúrbio, segundo a psicologia.
Há um consenso entre a psicologia de que tudo o que é demais, não é bom, seja para a saúde física ou mental. E existem muitas pessoas que vivem nos extremos, no que chamamos popularmente de "8 ou 80", sem ter um equilíbrio saudável em suas ações.
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Separar as notas de dinheiro por valor pode ser um indicativo de Transtorno Obssessivo-Compulsivo, o famoso TOC, que se resume em pensamentos intrusivos, repetitivos e constantes que levam a ansiedade, e a comportamentos repetitivos onde a pessoa é impulsionada pela mente a realizá-los para ter algum alívio em sua ansiedade/preocupação.
Sinais de que a situação está saindo do controle é o tempo que a pessoa perde em fazer certa atividade repetidas vezes - como ver se a porta está trancada ao sair mais de uma vez -, achar que se não fizer certa coisa algo ruim vai acontecer, como se fosse uma punição, e perceber que certos comportamentos estão prejudicando seu convívio social.
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A pessoa que sempre guarda o dinheiro separado por valor pode acreditar que se não fizer isso vai gastar mais do que o necessário, ou que é alguém desorganizado e leviano ou, ainda, que vai se atrapalhar na hora de pagar uma conta, por exemplo. São várias as possibilidades de pensamentos e todas vão de encontro a autopunição.
Como citamos acima, o excesso de ordem e controle pode ser um indicativo de que a pessoa precisa de ajuda psicológica, mas nem sempre. Tudo depende de como esse excesso atrapalha a sua vida e a sua rotina, afetando as relações humanas, por exemplo.
A organização em si não é um problema, mas a organização em excesso como se fosse uma cláusula contratual que não pode ser quebrada, sim.
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E, lembre-se: esse texto serve apenas como base de informação e não substitui uma conversa com seu psicólogo ou psiquiatra de confiança. Eles são especialistas no assunto e poderão lhe ajudar da melhor maneira possível.