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A ciência dedicada a estudar o comportamento humano passou décadas investigando os gestos automáticos que fazemos sem perceber, e tocar o cabelo é um deles
O ato de tocar o cabelo pode gerar uma resposta fisiológica de relaxamento / Freepik
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Você já notou alguém mexendo no próprio cabelo enquanto fala? Esse gesto, muitas vezes visto como simples ou até banal, pode ter significados importantes sob a ótica da psicologia comportamental.
A ciência dedicada a estudar o comportamento humano passou décadas investigando os gestos automáticos que fazemos sem perceber, e tocar o cabelo é um deles.
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Segundo os especialistas, esse movimento se enquadra no que os psicólogos chamam de comportamento de autorregulação emocional ou auto aconchego.
Ou seja, é uma forma do corpo se acalmar diante de situações que envolvem tensão emocional, ansiedade ou desconforto. É como se o organismo tivesse, instintivamente, um mecanismo de proteção.
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Estudos científicos já comprovaram que esses gestos ativam o sistema nervoso parassimpático, responsável por reduzir o estresse e acalmar o corpo.
Quando a mente está agitada, o ato de tocar o cabelo pode gerar uma resposta fisiológica de relaxamento, funcionando como um “botão interno” de pausa e alívio emocional.
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O gesto, porém, pode ter significados diferentes dependendo do contexto. Em muitos casos, é um sinal claro de ansiedade ou nervosismo.
A pessoa, sem perceber, busca uma forma de conforto físico para lidar com a tensão que sente naquele momento. Em outros casos, pode indicar insegurança ou desconforto diante da situação ou da pessoa com quem se conversa.
Também há interpretações mais sutis e sociais. Quando a ação é feita de forma mais cuidadosa, acompanhada de contato visual ou sorriso, por exemplo, pode ser lida como sinal de interesse ou sedução.
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Nessas situações, tocar o cabelo é uma forma inconsciente de atrair atenção, destacar características físicas ou criar conexão.
Por outro lado, o gesto também pode surgir por tédio ou distração. Mexer no cabelo durante momentos de silêncio prolongado ou em conversas monótonas pode sinalizar que a mente está em outro lugar.
E, em alguns casos, o hábito se torna tão repetitivo que se transforma em um comportamento compulsivo, como ocorre na tricotilomania, um transtorno ligado ao controle da ansiedade em que a pessoa sente impulso de arrancar os próprios fios.
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É importante lembrar que o contexto é essencial para interpretar esse tipo de comportamento. Um toque ocasional pode não ter significado algum, mas a repetição constante, especialmente associada a outros sinais como tom de voz ou expressão facial, pode indicar um estado emocional mais profundo.