Estudos revelam que o cérebro não é especialmente eficiente em guardar nomes próprios / Freepik/cookie_studio
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É bastante comum esquecer o nome de alguém logo após uma conversa, mesmo quando o encontro foi agradável. A situação costuma gerar constrangimento e a impressão de que há algo de errado com a memória. Mas a psicologia mostra que esse tipo de esquecimento é normal e tem razões bem definidas.
Estudos revelam que o cérebro não é especialmente eficiente em guardar nomes próprios, porque eles não trazem associações visuais ou conceituais que facilitem o armazenamento da informação.
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Diferentemente de palavras como "médico" ou "padaria", que ativam uma rede de significados e imagens, nomes como "Paula" ou "Carlos" são códigos isolados, desconectados de qualquer referência concreta.
Um dos estudos mais conhecidos sobre esse fenômeno é o chamado paradoxo de Baker/baker. Nele, participantes viam o mesmo rosto desconhecido, mas recebiam informações diferentes.
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Um grupo era informado de que o nome da pessoa era "Baker". O outro, de que ela era "baker", ou seja, padeiro.
A maioria lembrava da profissão com mais facilidade do que do nome. Isso porque, ao ouvir "padeiro", o cérebro evoca imagens de pães, padarias, cheiros e cenas familiares. Já o sobrenome "Baker", embora igual na forma, não desperta nenhuma dessas conexões.
Essa dificuldade também é explicada pela teoria de dois pesquisadores que, em 1991, apontaram uma ligação mais fraca entre o som do nome e o significado que ele representa.
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O nome de uma pessoa depende exclusivamente da memória associada a ela, sem qualquer referência universal.
Assim, enquanto palavras comuns carregam sentidos compartilhados por todos, nomes próprios precisam de uma vivência ou vínculo mais sólido para se fixarem de forma eficiente na mente.
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Apesar da frustração que isso pode causar, esquecer nomes não é sinal de descuido. É apenas o reflexo do modo como o cérebro organiza as informações.
A memória atua de forma seletiva e valoriza conteúdos que contribuem para experiências emocionais, narrativas consistentes ou situações de sobrevivência.
Nomes costumam ficar fora dessa seleção até que ganhem importância real na rotina da pessoa. Quando isso acontece, passam a ser lembrados com mais facilidade, pois se tornam relevantes o suficiente para que o cérebro invista energia em guardá-los.
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Se você costuma esquecer nomes com frequência, não se preocupe: seu cérebro está apenas sendo eficiente com os dados que r1ealmente importam naquele momento.