As orelhas dos gatos funcionam quase como sensores. / Freepik
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Pode parecer apenas um charme, mas aquele piscar lento, a cauda erguida ou as orelhas viradas para trás do seu gato dizem muito mais do que parece.
Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), os gatos têm uma linguagem corporal própria, e saber interpretá-la transforma completamente a convivência com eles.
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Gatos não falam como cães ou como humanos, mas se comunicam com clareza por meio de movimentos sutis do corpo. Entender esses gestos permite não só fortalecer o vínculo com seu pet, mas também melhorar o bem-estar físico e emocional dele no dia a dia.
As orelhas dos gatos funcionam quase como sensores. Quando estão eretas e apontadas para a frente, indicam atenção e curiosidade.
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Mas, se se voltam para os lados ou para trás, o estado emocional muda: o gato pode estar desconfortável, irritado ou até com medo. E se as orelhas ficarem achatadas contra a cabeça, o alerta é ainda mais claro, algo está muito errado.
O olhar felino também tem muito a dizer. Se o seu gato pisca lentamente para você ou mantém os olhos semicerrados, pode comemorar: ele está relaxado, confiante e demonstra carinho. É a versão felina de um "eu gosto de você".
Por outro lado, se as pupilas estiverem bem dilatadas, ele está em estado de alerta. Isso pode acontecer em momentos de susto, caça, excitação intensa ou até durante uma brincadeira mais agitada.
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A cauda é praticamente um termômetro emocional. Quando erguida com uma leve curvatura na ponta, indica que o gato está feliz e receptivo. Mas se começar a balançar rapidamente, de forma firme, é sinal de incômodo ou frustração. Nesse momento, o melhor é dar espaço.
O idioma secreto dos gatos: especialistas explicam como interpretar seus sinais
Um dos sinais mais doces é quando o gato enrola a cauda em torno de você ou de outro animal, isso mostra afeto, vínculo e proximidade emocional. É um gesto discreto, mas cheio de significado.
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Aquele movimento de empurrar as patas alternadamente, como se estivesse amassando pãozinho, tem origem nos primeiros dias de vida do gato. Quando filhotes, eles fazem isso para estimular a produção de leite da mãe.
Na fase adulta, o comportamento continua e indica que o gato está se sentindo seguro, confortável e emocionalmente equilibrado. Se ele faz isso no seu colo, é um sinal claro de confiança.
Embora o ronronar esteja associado à felicidade, ele também pode surgir em situações de estresse, dor ou desconforto. Nesses casos, o som funciona como um calmante natural, uma forma de o próprio corpo do gato tentar estabilizar suas emoções.
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Por isso, é importante observar o contexto antes de assumir que ele está apenas contente.
Quando o gato esfrega o rosto em você, em móveis ou em objetos da casa, ele está liberando feromônios por meio de glândulas localizadas na cabeça.
Esse comportamento é uma forma de marcar território, mas também revela algo afetivo: ele está confortável, se sente seguro no ambiente e confia em você.
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Aprender a “ler” esses sinais ajuda a evitar mal-entendidos, a identificar quando algo não vai bem e a oferecer um ambiente mais acolhedor e equilibrado para seu gato. Isso vai além do carinho, é uma forma de respeito e conexão verdadeira.
Aliás, a USP publicou um livro completo sobre comportamento felino que reúne essas e outras descobertas sobre o mundo dos gatos. Para quem convive com eles, é leitura obrigatória.
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