Cientistas descobriram uma espécie que era mais violenta que o Tiranossauro Rex / Foto: Youtube/Reprodução
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Uma equipe de pesquisadores identificou na Mongólia uma nova espécie de dinossauro que antecede o lendário Tiranossauro Rex. A descoberta, publicada na revista Nature, oferece uma nova visão sobre como os tiranossauros evoluíram de predadores menores até dominarem o topo da cadeia alimentar.
O Khankhuuluu, apelidado de “Príncipe Dragão”, é o parente mais próximo conhecido do T-Rex e ajuda a preencher uma lacuna importante na linha evolutiva dos tiranossauros, indicando que suas origens estão ligadas à Ásia.
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O que existia antes do temido Tiranossauro Rex? Segundo cientistas, os “dragões”. O Khankhuuluu, cujo nome pode ser traduzido como “Príncipe Dragão”, viveu há cerca de 86 milhões de anos, no período Cretáceo.
Seus fósseis foram encontrados na Formação Bayanshiree, no sudeste da Mongólia, e revelam um animal que já apresentava as características que, milhões de anos depois, fariam dos tiranossauros os maiores predadores do planeta.
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A descoberta foi publicada na revista Nature e liderada por Jared Voris, doutorando do Departamento de Terra, Energia e Meio Ambiente da Universidade de Calgary, no Canadá.
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Segundo o pesquisador, em entrevista ao portal Terra, o Khankhuuluu representa “uma janela para o estágio ascendente da evolução dos tiranossauros”, marcando o ponto em que eles deixavam de ser predadores medianos para se tornarem os gigantes carnívoros que dominaram a Terra.
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Com cerca de 750 quilos, peso aproximado de um cavalo, e tamanho duas a três vezes menor que o T-Rex, o “Príncipe Dragão” era ágil, musculoso e possuía dentes afiados, adaptados para caçar outros grandes animais do período.
Seu estudo ajuda a entender como esses predadores cresceram em tamanho e complexidade até atingir o ápice evolutivo milhões de anos depois. Saiba um pouco mais no vídeo abaixo:
Os fósseis do Khankhuuluu não são uma descoberta recente, eles foram encontrados pela primeira vez na década de 1970. Na época, paleontólogos acreditaram que pertenciam a uma espécie já conhecida, o Alectrosaurus, originário da China.
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No entanto, novas análises de Voris e sua equipe mostraram diferenças sutis, mas decisivas, na estrutura óssea do crânio e das patas. Essas diferenças foram suficientes para confirmar que o conjunto de fósseis representava, de fato, uma nova espécie.
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O estudo combinou tecnologias modernas, como tomografia computadorizada e modelagem 3D, com comparações detalhadas de fósseis de tiranossauros de várias partes do mundo.
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O resultado foi a confirmação da existência do Khankhuuluu, um elo perdido na história evolutiva dos tiranossauros.
Essa redescoberta ilustra como avanços tecnológicos e novas abordagens científicas podem reescrever capítulos inteiros da paleontologia.
O trabalho de revisão de fósseis antigos é fundamental para revelar espécies que passaram despercebidas durante décadas e para preencher lacunas na árvore genealógica dos dinossauros.
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