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O que acontece com seu cérebro quando você sente um cheiro e lembra de alguém

O que está por trás desse fenômeno sensorial que, muitas vezes, parece quase psicológico? A resposta envolve mais do que apenas o olfato

Isabella Fernandes

Publicado em 03/09/2025 às 15:05

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O olfato é um dos sentidos mais antigos e potentes do corpo humano. / Freepik

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Sentir o cheiro de uma pessoa em específico, mesmo sem sua presença física, é uma experiência comum, mas que ainda causa curiosidade e questionamentos. Afinal, por que certos aromas nos marcam tanto? O que está por trás desse fenômeno sensorial que, muitas vezes, parece quase psicológico?

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A resposta envolve mais do que apenas o olfato. Emoções, lembranças e até conexões afetivas estão profundamente envolvidas nesse tipo de percepção.

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A memória que mora no nariz

O olfato é um dos sentidos mais antigos e potentes do corpo humano. E, ao contrário da visão ou da audição, ele tem acesso direto ao sistema límbico, uma das áreas mais primitivas e emocionais do cérebro.

Essa região é responsável, entre outras funções, pelas emoções e pela memória de longo prazo.

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É por isso que um simples aroma pode “desencadear” lembranças antigas, como a presença de uma pessoa querida, o cheiro de uma roupa específica, ou o perfume usado em um encontro marcante.

Muitas vezes, essas lembranças vêm à tona de forma involuntária, como se fossem puxadas por um fio invisível que conecta passado e presente.

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O poder invisível da memória olfativa

Estudos mostram que o ser humano pode diferenciar milhares de odores, e que o cheiro pode ser um dos gatilhos mais fortes para a memória afetiva. E mais: as lembranças evocadas por cheiros costumam ser mais vívidas e emocionais do que aquelas provocadas por imagens ou sons.

Por exemplo: o cheiro de um perfume específico pode imediatamente transportar alguém para um momento vivido com determinada pessoa, como um abraço, uma despedida, uma comemoração ou até um luto.

O cheiro também molda emoções

Mais do que relembrar, o olfato pode alterar nosso estado emocional. Cheiros agradáveis, como os de pessoas próximas, podem provocar relaxamento, bem-estar e sensação de segurança. Por outro lado, aromas estranhos, fortes ou desagradáveis tendem a gerar desconforto, inquietação ou mesmo alerta.

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Confira alguns exemplos:

  • Cheiros familiares: geralmente evocam bem-estar, afeto ou nostalgia.
  • Cheiros de ex-parceiros(as): podem gerar emoções complexas, de saudade a ansiedade.
  • Cheiros desconhecidos e intensos: costumam causar reação de alerta ou curiosidade.

Por que sentimos o cheiro de alguém que não está por perto?

Essa é uma pergunta recorrente. A ciência ainda não tem uma resposta definitiva, mas há algumas explicações plausíveis. O cérebro pode, por exemplo, “reproduzir” certos cheiros armazenados na memória em situações de forte conexão emocional, como uma forma de manter o vínculo afetivo.

Esses episódios podem acontecer em momentos de saudade, estresse ou sonho, e costumam ser intensos e realistas. Em alguns casos, essa sensação é interpretada como um sinal de conexão energética ou emocional entre duas pessoas.

Curiosidades sobre o cheiro e a relação entre as pessoas

Cada ser humano tem um cheiro único, determinado pela genética, alimentação, hormônios e até microbioma da pele.

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  • O cérebro é capaz de reconhecer pessoas pelo cheiro, mesmo sem contato visual.
  • O olfato influencia a atração física, sendo uma das bases inconscientes da compatibilidade entre casais.
  • Perfumes podem ativar memórias com mais intensidade do que fotos ou músicas.

Como usar o olfato para o bem-estar?

Prestar atenção ao que sentimos através do cheiro pode ser uma ferramenta valiosa de autoconhecimento. Incorporar aromas que evocam boas lembranças ao cotidiano pode ajudar a melhorar o humor, aliviar o estresse e criar ambientes mais acolhedores.

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