O olfato é um dos sentidos mais antigos e potentes do corpo humano. / Freepik
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Sentir o cheiro de uma pessoa em específico, mesmo sem sua presença física, é uma experiência comum, mas que ainda causa curiosidade e questionamentos. Afinal, por que certos aromas nos marcam tanto? O que está por trás desse fenômeno sensorial que, muitas vezes, parece quase psicológico?
A resposta envolve mais do que apenas o olfato. Emoções, lembranças e até conexões afetivas estão profundamente envolvidas nesse tipo de percepção.
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O olfato é um dos sentidos mais antigos e potentes do corpo humano. E, ao contrário da visão ou da audição, ele tem acesso direto ao sistema límbico, uma das áreas mais primitivas e emocionais do cérebro.
Essa região é responsável, entre outras funções, pelas emoções e pela memória de longo prazo.
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É por isso que um simples aroma pode “desencadear” lembranças antigas, como a presença de uma pessoa querida, o cheiro de uma roupa específica, ou o perfume usado em um encontro marcante.
Muitas vezes, essas lembranças vêm à tona de forma involuntária, como se fossem puxadas por um fio invisível que conecta passado e presente.
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Estudos mostram que o ser humano pode diferenciar milhares de odores, e que o cheiro pode ser um dos gatilhos mais fortes para a memória afetiva. E mais: as lembranças evocadas por cheiros costumam ser mais vívidas e emocionais do que aquelas provocadas por imagens ou sons.
Por exemplo: o cheiro de um perfume específico pode imediatamente transportar alguém para um momento vivido com determinada pessoa, como um abraço, uma despedida, uma comemoração ou até um luto.
Mais do que relembrar, o olfato pode alterar nosso estado emocional. Cheiros agradáveis, como os de pessoas próximas, podem provocar relaxamento, bem-estar e sensação de segurança. Por outro lado, aromas estranhos, fortes ou desagradáveis tendem a gerar desconforto, inquietação ou mesmo alerta.
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Essa é uma pergunta recorrente. A ciência ainda não tem uma resposta definitiva, mas há algumas explicações plausíveis. O cérebro pode, por exemplo, “reproduzir” certos cheiros armazenados na memória em situações de forte conexão emocional, como uma forma de manter o vínculo afetivo.
Esses episódios podem acontecer em momentos de saudade, estresse ou sonho, e costumam ser intensos e realistas. Em alguns casos, essa sensação é interpretada como um sinal de conexão energética ou emocional entre duas pessoas.
Cada ser humano tem um cheiro único, determinado pela genética, alimentação, hormônios e até microbioma da pele.
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Prestar atenção ao que sentimos através do cheiro pode ser uma ferramenta valiosa de autoconhecimento. Incorporar aromas que evocam boas lembranças ao cotidiano pode ajudar a melhorar o humor, aliviar o estresse e criar ambientes mais acolhedores.