O pão líquido: Brasil consolida em posição mundial de consumo de cerveja; veja líder

O mercado global de cerveja em 2022 foi marcado por movimentos significativos de crescimento e queda entre os principais consumidores, revelando como as tendências regionais e até mesmo eventos geopolíticos influenciam o setor.

O México, por exemplo, demonstrou um crescimento impressionante de 14,5% em seu consumo, tornando-se o quarto maior mercado do mundo, com 5,2% do consumo total.

Enquanto o México crescia em ritmo recorde, os Estados Unidos registraram uma queda de 4,2% no consumo de cerveja em 2022, o que fez com que o Brasil se aproximasse na corrida global de volume.

O Brasil, por sua vez, teve um aumento de 3,6% em seu consumo, consolidando sua terceira posição no ranking de volume total, com 7,8% do mercado.

Esses dados, organizados em um gráfico da Visual Capitalist com base em estudos do grupo Kirin, mostram que o panorama da cerveja está em constante transformação, embora o topo do ranking permaneça estável.

A cerveja, historicamente considerada um "pão líquido" por causa de seus ingredientes e valor nutricional, é hoje uma bebida de consumo social global e um motor econômico. Saiba mais na galeria abaixo:

A batalha dos continentes consumidores

O continente Asiático assegurou a liderança do ranking por região em 2022, alcançando uma quota de mercado global de 33,9%, impulsionado principalmente pelo domínio da China.

A China, sozinha, é responsável por 21,9% do consumo mundial e celebrou seu 20º ano consecutivo no topo da lista, o que é um feito notável.

O mercado asiático cresceu 4,9% em relação ao ano anterior, superando as expectativas continentais.

As Américas vêm em segundo lugar no ranking continental, carregadas pelo forte desempenho de países como Brasil, Estados Unidos e México, atingindo 30,4% do consumo global.

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Essa força é impulsionada pela paixão pela cerveja no Brasil, onde a bebida é parte da cultura, e pelo enorme volume consumido nos EUA, o segundo maior mercado em volume.

A Europa, conhecida por sua grande tradição cervejeira, não está muito atrás e ocupa o terceiro lugar no consumo por região, com 25,8% do consumo mundial.

No entanto, é importante notar que a Europa lidera indiscutivelmente quando a métrica é o consumo per capita, dominando nove das dez primeiras posições nesse ranking individual.

A Alemanha, uma potência europeia, foi a sexta maior consumidora em volume, registrando 7.827 mil quilolitros, ou 4,1% do total.

O impacto da guerra no consumo

É notável observar como o impacto da guerra afeta áreas diversas, incluindo o mercado global de cerveja, um efeito que pode ser visto nos dados de 2022 após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O conflito, que começou em fevereiro de 2022, teve efeitos imediatos no consumo em ambos os países, ilustrando a sensibilidade do mercado.

A Ucrânia, que em 2021 ocupava o 18º lugar no consumo total por país, sofreu uma queda drástica.

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Em 2022, o país caiu para o 27º lugar, registrando uma queda de 25,7% no consumo, o que é um declínio acentuado causado pelas particularidades do conflito.

A Rússia, que ocupou a quinta posição no consumo total com 8.497 mil quilolitros em 2022, também registrou uma queda, mas em proporção menor.

O país teve uma redução de 4,9% no seu consumo, um número ainda relevante, mas inferior ao da Ucrânia.

No cenário de crescimento, o Brasil se destacou com um aumento de 3,6% em seu consumo, alcançando 14.932 mil quilolitros, reforçando sua posição como a principal potência cervejeira da América do Sul.

O México, com seu crescimento de 14,5%, sinaliza uma mudança na dinâmica das Américas, fortalecendo a região no contexto global da cerveja e indicando novas tendências de consumo.